Uber e outros aplicativos contribuem para o caos no trânsito
Da redação
Quando os aplicativos de transporte entraram no mercado, um dos objetivos era que, com as facilidades dos serviços, inclusive os de caronas pagas, teríamos a diminuição do trânsito nas cidades, haja vista que o esperado seria que as pessoas deixassem seus carros em casa para usar apenas os veículos das plataformas.
No entanto, não foi o que aconteceu, segundo um estudo realizado pela consultoria Schaller, especializada em transportes.
De acordo com o levantamento, para cada milha (1,6km) de um carro particular retirada das ruas, as chamadas Transportation Network Companies, ou TNC, como Uber e Lyft, adicionam 2,6 milhas (4,2km). A pesquisa mostra que, mesmo em uma viagem compartilhada, parte da corrida envolve apenas um passageiro.
Como conclusão, constata-se que os aplicativos de transporte, que chegaram para facilitar a vida de bilhões de pessoas no mundo todo, estão piorando o trânsito. A tendência é que esse novo problema causado pelas TNC se intensifique à medida que a popularidade desses serviços aumente.
Em 2017, o número de passageiros transportados pelas TNC cresceu 37% nas cidades americanas em relação a 2016, chegando a 2,6 bilhões de usuários. A expectativa é que até o final de 2018, esse número, somado aos usuários de táxi, deve ultrapassar a quantidade de passageiros que usam ônibus nos Estados Unidos.
Só em Nova York, a demanda por serviços de transporte compartilhado aumentou 72% de 2016 para 2017, e 47% no mesmo período em Seattle.
Como conclusão, a empresa responsável pelo estudo considera que as políticas públicas podem contribuir para gerenciar o aumento no fluxo de veículos causados pelas TNC, administrando o tempo de sinais de trânsito e faixas de ônibus. Do contrário, a probabilidade é que o futuro da mobilidade, ainda que autônomo, espelhe a realidade atual: mais tráfego de veículos e menos sustentabilidade.