Você quer ter um carro elétrico?

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por Gislene Bastos
Publicado em 26 jul 2023, às 16h09. Atualizado em: 27 jul 2023 às 17h44.

O carro elétrico se transformou em item de desejo para boa parte da população. E o mercado já oferece uma variedade de opções aos consumidores. Dos mais luxuosos, com preços acima de R$ 850 mil reais, aos mais “acessíveis” e que custam a partir de R$ 140 mil reais. Na BMW, a venda de elétricos representou 2,7% do total comercializado no país entre janeiro e junho.

A pesquisa EY Mobility Consumer Index (MCI) deste ano mostra, pela primeira vez, que mais da metade (52%) dos entrevistados, que pretendem comprar um carro, disseram que vão escolher um modelo híbrido ou elétrico. O percentual representa um aumento de 11% em relação a 2021 e de 22% se comparado com 2020. Podemos ler esse resultado como mais que apenas uma manifestação de interesse, mas também da confiança do consumidor nos avanços de desenvolvimento tecnológico. 

A edição 2023 do Ranking Folha-Mauá, divulgado esta semana, traz uma radiografia das possibilidades de compra no mercado brasileiro atualmente, comparando o desempenho de diferentes modelos no trânsito urbano e nas rodovias. A avaliação é feita conforme a categoria e um dos modelos mais caros, o BMW iX 50, com dois motores elétricos, venceu as provas de desempenho, aceleração e retomada, e consumo na categoria SUVs Premium Elétricos. 

Já o título de carro mais econômico de energia nos usos urbano e rodoviário da categoria “Hatches Elétricos” ficou com o Renault Kwid E-Tech. Ao todo foram testados 86 modelos, com motores elétricos, a gasolina, etanol, flex e híbridos. O consumo de energia elétrica foi medido por meio do carregador instalado no Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. A Renault é pioneira em mobilidade elétrica no mundo.

Já pegou um táxi elétrico hoje?

Está completando um mês a parceria entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a companhia da Urbanização de Curitiba (URBS), com a Renault e Mobilize, marcas do Renault Group, que colocou seis veículos elétricos, modelo Renault Zoe E-Tech, como táxi na cidade de Curitiba. Os carros 100% elétricos foram entregues aos taxistas escolhidos pela URBS. O programa tem duração de seis meses, período de testes que servirá de base para o projeto de eletrificação de toda a frota de táxi da capital paranaense. Uma iniciativa mais que esperada dentro do compromisso de políticas públicas para conter as mudanças climáticas e zerar as emissões de carbono até 2050. 

Os veículos elétricos foram adquiridos pela ABDI com gestão da Mobilize Beyond Automotive, e alugados pelos taxistas através da plataforma Mobilize Share. Para facilitar o processo de recarga, foram instalados pela Mobilize dois carregadores Wallbox Comander 2S 22KW na Rodoferroviária de Curitiba, local que será o ponto de apoio do projeto.

Vantagens da eletrificação da frota de táxis

Para os passageiros a tarifa não mudou. Talvez, a maior percepção seja mesmo o barulho. O motor elétrico não tem o mesmo ruído do motor a combustão. 

Já os motoristas passaram por treinamento com informações técnicas do veículo, forma de condução e test-drive em trechos urbano e de rodovia. Durante o período de testes, os taxistas também têm isenção total do valor das recargas, isenção de taxas de outorga e dispensa de pagamento do Estacionamento Regulamentado (EstaR).

A escolha da capital levou em consideração a forte presença da Renault, com fábrica no Paraná. Renault e Mobilize são referências em veículos 100% elétricos e mobilidade sustentável com mais de dez anos de experiência no desenvolvimento, fabricação e comercialização de veículos elétricos no mundo.

O carro elétrico no dia a dia não é de hoje

As iniciativas para popularização do carro 100% elétrico pela Renault vem sendo aprimoradas ano a ano. Atualmente, além de colocar nas ruas táxis movidos a eletricidade, o grupo mantém, em parceria com a locadora de veículos Localiza, o maior projeto de eletromobilidade da América Latina: Desde setembro de 2022 motoristas de aplicativos podem trabalhar utilizando o Kwid E-Tech 100% elétrico. Até o final do ano serão 200 unidades rodando nas ruas de São Paulo.

Nas iniciativas de mobilidade anteriores, como o VEM DF e VEM PR, foram disponibilizados veículos elétricos da Renault para o uso compartilhado por servidores em órgãos públicos. Estes projetos, já concluídos, foram desenvolvidos pela ABDI em parceria com os governos locais e o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). Já o sistema Mobilize Share teve início no Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), para os colaboradores da Renault do Brasil. A solução também é utilizada nas parcerias de carsharing e locação de curta duração no Paraná instaladas na Copel, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e Lactec.

O ano de 2019 foi marcado pela entrada de veículos Renault E-Tech 100% elétricos em Fernando de Noronha com o lançamento do Projeto Noronha Carbono Zero. A ação já conta até com uma garagem fotovoltaica que gera energia limpa para o abastecimento dos veículos elétricos, e o excedente é disponibilizado para uso da comunidade local. Em parceria com a Neoenergia Pernambuco, no ano passado, o projeto Trilha Verde concluiu a instalação de outras duas plantas solares e 12 carregadores ao redor da ilha. Atualmente mais de 45 veículos elétricos Renault circulam em Fernando de Noronha, dos modelos Kwid E-Tech 100% elétrico, Zoe E-Tech 100% elétrico e Kangoo E-Tech 100% elétrico.

O Kwid E-Tech também está disponível no Renault on Demand, solução oferecida pela Mobilize Financial Services, que oferece diversos planos de assinatura de longa duração customizáveis. Normalmente este tipo de contrato inclui os serviços de revisões preventivas, gestão de documentos e taxas relacionadas ao veículo como IPVA e licenciamento, além de seguro.

VALE SABER DA GISA

  • As vendas de veículos leves eletrificados no Brasil tiveram o melhor semestre da série histórica, divulgada pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), com 32.239 emplacamentos de janeiro a junho de 2023, aumento de 58% em relação ao primeiro semestre de 2022.
  • No início do mês, a União Europeia aprovou um projeto que proíbe a venda de motores a combustão a partir de 2035.
  • O carro elétrico tem 20% das peças de um veículo a combustão, o que reduz o custo de manutenção. 
  • O tempo de recarga da bateria muda conforme os modelos porque o sistema de fabricação das baterias é diferente entre os vários fabricantes, o que altera também a capacidade da bateria e a autonomia do carro. Ainda interferem no tempo de recarga a potência do eletroposto e a potência do carregador interno ou externo do veículo.
  • Depois que termina a capacidade de carga total para mover um carro, a bateria ainda pode ser utilizada para gerar energia elétrica para residências.
  • Não há risco de levar choque durante a recarga, mesmo em dias de chuva. A garantia vem do processo handshaking de comunicação, que só autoriza a passagem da eletricidade quando o conector está perfeitamente encaixado ao carro.

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