Como a cannabis pode ajudar no combate dos sintomas de doenças como Alzheimer, Lúpus, Leucemia e Fibromialgia
Dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) apontam que no Brasil cerca de 6% das 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade, têm a doença de Alzheimer. Já segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 70% dos pacientes com Lúpus, apresentam a forma mais severa da doença, o Lúpus Sistêmico (Les). Para trazer a conscientização sobre a importância do tratamento e da identificação precoce destas doenças e também das enfermidades Fibromialgia e Leucemia, foi criado o “Fevereiro Roxo e Laranja”.
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Entre os tratamentos indicados para as patologias que integram a bandeira do “Fevereiro Roxo e Laranja”, a cannabis medicinal tem se mostrado uma forte aliada no alívio dos sintomas. “Alzheimer, Leucemia, Fibromialgia e doenças autoimunes, como a Lúpus, são consideradas doenças crônicas, definidas como condições com um lento e progressivo desenvolvimento, podendo acompanhar a pessoa durante toda a vida. Esses quadros requerem tratamentos e terapias intensas, pois os pacientes sofrem de sintomas complexos como dor, insônia e agressividade, pontos que a cannabis medicinal auxilia de forma muito efetiva”, explica a médica da clínica Gravital Curitiba, Amanda Medeiros Dias.
Cannabis e Fibromialgia
A fibromialgia é caracterizada pela dor nociplástica, não estando relacionada a nenhuma lesão específica e apresentando diversas origens e manifestações distintas, aumentando a sensibilidade e os estímulos táteis. Hoje já existem inúmeros estudos que apontam sobre os benefícios da cannabis medicinal contra os sintomas da fibromialgia, como por exemplo a recente pesquisa feita no Reino Unido, com 306 pacientes que sugere uma redução de 17% no consumo de opiáceos e melhora geral nos sintomas. “A fibromialgia gera uma dor neuropática, onde o sistema de dor está constantemente ativo sem causa/lesão aparente. Nesse caso a dor passa a ser a doença. A cannabis medicinal tem se mostrado muito eficaz, pois ela tem a capacidade de controlar os estímulos neuropáticos, por meio dos receptores canabinóides que estão amplamente distribuídos pelo nosso corpo. Com isso os pacientes passam a ter uma redução significativa nos sintomas. Hoje contamos com cerca de 200 pacientes com fibromialgia nas unidades da clínica e podemos afirmar que todos contam com uma melhora significativa ao fazerem uso do CBD”, explica Amanda.
Cannabis e Alzheimer
O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca a redução das funções cognitivas e, consequentemente, da capacidade de trabalho e relação social. Além disso, com o passar do tempo, a doença causa a perda da memória e muda a personalidade da pessoa. “No caso do Alzheimer o canabidiol não deve ser usado como tratamento único e sim como uma terapia complementar, que tem a capacidade de melhorar a qualidade de vida do idoso e de todos o que com ele convivem, pois reduz a agressividade, a agitação, melhorando o convívio social e qualidade do sono, pontos fundamentais para a saúde”, reforça a médica.
Cannabis e Lúpus
Amanda explica que o Lúpus é uma doença auto imune, caracterizada como um distúrbio crônico que faz com o que corpo produza mais anticorpos que o necessário. Esses anticorpos em excesso, atacam o organismo causando inflamações nos pulmões, pele, articulações e rins. “O tratamento para Lúpus, assim como outras doenças auto imunes, é feito com corticoides, o que pode desencadear diversos outros problemas no corpo. Nesse sentido a cannabis tem sido uma grande aposta no combate dos sintomas desse tipo de doença, pois a cannabis tem ação anti-inflamatória e imunossupressora, sendo capaz de suprimir as funções de citocinas, quimiocinas e células T, que são responsáveis por identificar e destruir as células infectadas, modulando a resposta celular e regulando as inflamações. Outra vantagem é que a cannabis oferece poucos efeitos colaterais”, explica a médica.
Cannabis e a Leucemia
A Leucemia é um tipo de câncer que desencadeia uma série de alterações hematológicas malignas que surgem devido a proliferação disfuncional dos leucócitos, que são os glóbulos brancos do sangue. Isso impacta na produção de células normais do sangue, desregulando as respostas contra infecções e o transporte de oxigênio e coagulação. Ela pode ser aguda ou crônica, além de mielóide ou linfóide, a depender da célula envolvida. “O canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) conseguem reduzir significativamente os principais sintomas causados pela Leucemia (e outros tipos de cânceres) e pelo do tratamento com quimioterapia como enjoos, falta de apetite, depressão, fadiga, dor e distúrbios de sono, oferecendo aos pacientes qualidade de vida ”, finaliza Amanda.
Em Curitiba
A Clínica Gravital é a primeira clínica médica focada em tratamento com cannabis medicinal do Brasil e atua em Curitiba desde maio de 2021, com equipe multidisciplinar, atendendo pacientes com tratamentos que vão desde insônia e outros transtornos, como ansiedade e doenças autoimunes. Além de Curitiba, a Gravital está presente em diversas cidades do Brasil como Porto Alegre (RS), Itajaí (SC), Sorocaba (SP), São Paulo capital, além do Rio de Janeiro onde foi fundada, em 2019, e onde já atendeu mais de 3 mil pacientes por meio de consultas presenciais e telemedicina. Para conhecer mais sobre a Gravital, acesse: www.clinicagravital.com.br