Dengue no PR: casos quase triplicam em relação ao mesmo período do ano passado

Publicado em 16 fev 2023, às 11h17. Atualizado às 11h18.

Os casos de dengue aumentaram 282% neste período epidemiológico em relação ao mesmo período no ano passado, conforme dados dos boletins da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O levantamento começou a ser feito em agosto de 2022 até o momento.

De acordo com o último informe, divulgado pelo Governo do Estado nesta terça-feira (14), o Paraná tem 3.638 casos confirmados, quase três vezes mais que o número de registros do mesmo período de 2022, quando o boletim somava 951 casos.

Somente na última semana, do dia 7 de fevereiro ao dia 14 de fevereiro, foram confirmados mais 462 casos. Deste número, 182 registraram autoctonia, quando a doença é contraída no município de residência, que indica circulação interna.

Dengue no Paraná: número de mortes

Os boletins são emitidos semanalmente. No último publicado, o Paraná soma cinco óbitos, sendo quatro homens e uma mulher, residentes das cidades de Centenário do Sul, Marilena, Foz do Iguaçu, Maripá e Rolândia. Mais de 29 mil casos já foram descartados.

Dengue no PR: O que a Secretaria da Saúde diz sobre o aumento de casos?

O RIC Mais entrou em contato com a assessoria da Sesa para entender a crescente nos registros de casos, em comparação com o período epidemiológico do ano passado.

Como resposta, a secretaria informou que os números estão dentro do diagrama de controle. Isto é, dentro da curva de monitoramento do período atual.

“Ainda há muitos casos em investigação (os quais estão englobados na contagem dos casos prováveis), o que pode alterar o comportamento da curva, à medida que são descartados, sinalizando a importância de adoção de ações de eliminação e remoção de criadouros nos territórios municipais”, informou em nota.

Dengue: Primeiros sintomas

A médica infectologista, Fernanda Pereira Pedroso, do Hospital INC (Instituto de Neurologia de Curitiba), que também integra o staff do serviço de residência de infectologia do Hospital Nossa Senhora das Graças, explicou como surgem os primeiros sinais de uma infecção.

De acordo com Fernanda, os primeiros sintomas são febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, fraqueza e dores musculares intensas. Além disso, algumas pessoas podem apresentar manchas vermelhas no corpo (face, tronco e membros).

Confira a entrevista com a especialista

RIC Mais: Dengue pode deixar sequelas?

Dra. Fernanda: “A dengue pode evoluir para forma grave e fazer com que o paciente necessite de cuidados intensivos (em UTI). Todo paciente que necessita de cuidados prolongados nessa unidade, pode apresentar sequelas físicas”.

RIC Mais: É possível se prevenir tomando remédios? Quais as formas de tratamentos?

Dra. Fernanda: “A dengue é uma arbovirose, ou seja, transmitida por inseto (Aedes aegypti), portanto para preveni-las devemos combater o inseto vetor”. “O tratamento se dá através do uso de sintomáticos (analgésicos) e hidratação”. 

A profissional de saúde recomenda o uso de repelentes, mas garante que não existe medicamento preventivo e nem vitaminas que funcionem na sua prevenção. 

Como se prevenir contra o mosquito da dengue?

  • Destruir os locais de água parada onde o mosquito nasce e se desenvolve;
  • Mantenha as lixeiras tampadas e protegidas da chuva. Feche bem o saco plástico;
  • Os potes com água para animais devem ser muito bem lavados com água e sabão no mínimo duas vezes por semana;
  • Mantenha-os pratinhos de plantas limpos e coloque areia até a borda;
  • Evite ter bromélias e outras plantas que acumulam água, ou retire semanalmente a água das folhas;
  • Guarde baldes e vasos vazios em local coberto, com a boca para baixo;
  • Tampe os ralos com telas ou mantenha-os vedados, principalmente os que estão fora de uso;
  • Limpe e nivele as calhas da sua casa. Mantenha-as sempre sem folhas e materiais que possam impedir a passagem da água;
  • Entulho e lixo devem ser descartados corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou faça furos para não acumular água;
  • Permita sempre o acesso do agente de controle de zoonoses em sua residência ou estabelecimento comercial;

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