“Ele não falou assalto, só disse 'desce do carro'”, irmão de diretor revela detalhes do crime
O diretor do Departamento de Pontes e Drenagem, da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Augusto Meyer Neto, que foi assassinado na noite deste domingo (29), em Curitiba, estava acompanhado do irmão e de um amigo no momento do crime. Nesta segunda-feira (30), membros Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) começaram a ouvir conhecidos da vítima para avançar nas investigações.
Altair Margraef, irmão do servidor por parte de mãe, estava dentro do veículo de Augusto Meyer no momento da abordagem dos suspeitos. O homem revelou que ele, o irmão e um amigo, chamado Ivan, estavam voltando de Antonina, no litoral do Paraná, onde foram consertar danos em um dos imóveis de Meyer Neto.
Quando se aproximavam da residência de Meyer Neto, já na rua Dr. Satilas do Amaral Camargo, no bairro Santa Cândida, Altair contou que o veículo foi interceptado por um Volkswagen Gol, da cor vermelha. “Eles (suspeitos) interceptaram de uma maneira estranha e já desceu um e apontou a arma para nós três e disse, ‘desce do carro’. Ele não falou assalto, só disse ‘desce do carro’”, revelou o irmão da vítima.
“Eu esperei o Augusto se movimentar, daí ele se movimentou no sentido de descer do carro e eu também. Eu escapei para o lado direito, mas não muito longe, porque não tinha para onde ir, se eu corresse eles me atirariam pelas costas, então pensei que seria melhor me esconder. Tinha um cerca e eu fiquei atrás e logo em seguida ouvi os tiros. Daí esperei um pouquinho, o rapaz que estava junto, o Ivan, falou “corra aqui, corra aqui”, daí eu corri lá e ele já estava caído”,
completou Altair.
Câmeras de segurança instaladas em um imóvel flagraram a ação dos criminosos. Nas imagens é possível ver que o indivíduo dispara duas vezes contra Meyer Neto, que cai na via. Na sequência, o atirador foge no veículo Gol. Veja as imagens:
Investigação morte de diretor da prefeitura
A delegada Tathiana Guzella conversou na manhã desta segunda-feira (30) com a equipe do Balanço Geral Curitiba, da RICtv. Na sede da DHPP, a líder das investigações revelou que a princípio o caso é tratado como latrocínio – que seria roubou ou tentativa de roubo seguido de morte.
“Devido a um histórico da vítima de já ter reagido a outros dois roubos anteriores, nós não descartamos a hipótese de se tratar sim de um latrocínio”,
contou Guzella.
Além disso, a delegada contou que já interrogou alguns parentes nesta manhã e continuará a investigação para descobrir quem são os ocupantes do Volkswagen Gol. Guzella ainda pediu que qualquer informação sobre o veículo seja repassada na sede da DHPP ou pelo telefone 0800 643 1121.
