A mãe do palhaço Soldadín exigiu justiça após a morte do filho, que foi linchado e teve o corpo queimado nesta segunda-feira (24), em Oaxaca, no México. Cayetano San Juan, de 50 anos, foi atacado por um grupo de pessoas que o estavam acusando de abuso sexual.

Em entrevista para o portal Milenio, a mãe do palhaço Soldadín exigiu justiça. “Não é possível que o tenham matado assim, com golpes e queimaduras. O rosto, o braço e quase metade das costas”, declarou.
Os agressores acusaram o homem de praticar abuso sexual, no entanto, não havia nenhum processo formal contra Soldadín.
O caso aconteceu no bairro de El Esfuerzo. Algumas pessoas também informaram que o grupo de agressores era formado pela família e amigos da suposta vítima de abuso sexual, e eles teriam agredido o palhaço até que ele ficasse inconsciente.
Relembre o caso
De acordo com informações do portal Milenio, após ter sido agredido e linchado, a irmã da vítima teria tentado levar Soldadín até o hospital, no entanto, o atendimento teria sido recusado.
Testemunhas relataram que além de agredir o palhaço, o grupo também jogou álcool pelo corpo do homem e ateou fogo.
O caso está sob investigação dos Agentes da Agência Estatal de Investigação (AEI).
Quem era Soldadín?
A vítima Cayetano San Juan, de 50 anos, trabalhava como palhaço. Mais conhecido como Soldadín, ele participava de festas infantis, fazendo shows de mágica.
O homem também trabalhava como mestre de obras, e durante as festas infantis, Soldadín levava seus filhos para participarem do espetáculo.
Colegas de trabalho pedem justiça
Nito Payasito, colega de profissão, publicou nas redes que recentemente, ele e Soldadín foram acusados injustamente de sequestro durante um evento. “O que aconteceu com Soldadín nos fere como sindicato”.
Cayetano San Juan fazia parte do grupo de palhaços da bacia de Papaloapan, em Oaxaca, que após o caso, lamentou a morte de Soldadin.
*Com supervisão de Guilherme Fortunato
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