Morte no aterro: perícia aponta prováveis causas do soterramento na RMC

Publicado em 28 jun 2022, às 10h25.

Um laudo preliminar divulgado nesta segunda-feira (27) aponta possíveis causas para o desabamento que aconteceu no último sábado (25) em um aterro sanitário em Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba. O desabamento causou a morte de um funcionário terceirizado da empresa. 

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João Luis Cubis Sobrinho, de 42 anos, era motorista e trabalhava com uma máquina retroescavadeira no momento do deslizamento. Após 48 horas de buscas, o corpo foi encontrado na tarde desta segunda-feira (27) cerca de 50 metros do local do deslizamento, embaixo de uma pilha de lixo de cerca de 4 metros de altura.

Após o corpo de João Cubis ser encontrado, a empresa Estre, uma das maiores empresas de serviços ambientais do Brasil, publicou uma nota lamentando a morte do funcionário. 

“A Estre recebe a notícia com imensa tristeza, dado que a equipe é um de seus patrimônios inegociáveis e base de sustentação do negócio, e estende e compartilha as suas condolências aos familiares e amigos do profissional, a quem continuará prestando a assistência necessária. O trabalhador atuava em uma obra no aterro, quando, no último sábado (25), infelizmente, ocorreu um deslizamento abrupto de resíduos secos na face oeste”

Na mesma nota divulgada pela empresa, a Estre divulgou informações de um laudo preliminar elaborado por uma perícia externa. O primeiro diagnóstico geotécnico do ocorrido indicou três possíveis fatores que podem ter causado o desabamento.

“(1) chuvas intensas e acima do padrão observadas em junho; (2) o acúmulo de gases pela contração e umidificação das coberturas das camadas superiores; e (3) recalque diferencial (afundamento) por aumento de peso dos resíduos devido ao fluxo de água no interior do maciço (lixiviação), potencializado no centro desse flanco. Segundo o mesmo laudo, os dispositivos de registro, medição, monitoramento, alerta e reporte sobre a estrutura do aterro estavam funcionando dentro dos parâmetros recomendados pelos órgãos competentes”

As investigações não têm data para ser concluída.

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