Mulher portadora de deficiência morta pela mãe morreu em ritual macabro, diz testemunha

por Eduardo Teixeira
com informações do Balanço Geral Curitiba
Publicado em 26 maio 2022, às 15h07.

Um novo depoimento nesta quinta-feira (26) trouxe ainda mais mistério ao caso da mulher que foi encontrada morta em uma residência no bairro Cajuru, em Curitiba. Segundo testemunhas, a vítima, Maria Salete, era agredida pela própria mãe durante rituais de magia negra.

A mãe da vítima foi presa na última semana como a principal suspeita do crime, durante operação nomeada de “Quarto do Terror”. Ela afirmava que a filha teria caído da escada e por isso morreu.

As investigações apontam que a mulher portadora de deficiência, de 32 anos, sofria tortura e cárcere privado na própria residência.

Segundo o repórter Tiago Silva, da RICtv, que teve acesso aos depoimentos da depoente, a vítima era utilizada como um “boneco de vodu”, semelhante aquelas cenas de filme em que alguém fere o boneco de pano com agulhas ou fogo para que a dor seja sentida em outra pessoa.

“Encontrei a vítima com lesões na cabeça, com o corpo inteiro marcado, dos pés a cabeça. […] Lesões antigas e atuais, imcompatíveis com um “acidente”.

diz o Delegado Tito Barichello.

Relações sexuais forçadas e possível gravidez

Durante entrevista à reportagem da RICtv, a testemunha disse que a suspeita do crime obrigava os irmãos de Maria Salete fizessem sexo com ela.

“Ela fazia os irmão ter relação sexual com a filha (Maria Salete) e fazia eles bater nela também. Tem até isso ainda.”

contou a mulher que não quis ser identificada.

A testemunha ainda relatou que Maria Salete estava grávida, mas conforme o tempo foi passsando a barriga simplesmente sumiu.

“Ela tava grávida, com uma barrigona e nunca apareceu a criança, mas a barriga dela desapareceu. […] Essa mulher é do satanás mesmo, do capeta, e ela faz a magia negra porque ninguém fuma 6,7 carteiras por dia.

O delegado Tito confirma que essas informações foram repassadas a Divisão de Homicídios e Proteção á Pessoa (DHPP) mas que o objetivo principal da investigação é confirmar a motivação do crime e se houve ou não a participação de outras pessoas.

“Fiquei estarrecido com o que ouvi da depoente. Ela afirmou algumas coisas que carecem de provas.” […] “Tive contato com a família e vizinhos que afirmaram que ela participava de uma mesa branca, do bem, que faz orações e afins. Jamais usaram a filha como vodu.”

Disse o advogado da suspeita, José Valdeci de Paula.

A espera agora é pelo resultado do exame de necropsia, que vai revelar a causa-morte de Maria Salete.

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