Polícia coloca frente a frente suspeitos de envolvimento em morte de Michelle Chinol
Nesta segunda-feira (23), Ketlyn Malmann Marcelino e Nelson Pereira da Silva Filho foram colocados frente a frente em uma sessão de acareação que investiga a morte da lutadora e motorista de aplicativo Michelle Caroline Chinol. Ketlyn e Nelson tiveram um relacionamento amoroso e foram detidos juntos suspeitos de envolvimento no assassinato em 28 de março.
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Nelson, no entanto, foi liberado da prisão após 16 dias, depois de conseguir comprovar que estava trabalhando no momento em que o carro foi abandonado por um homem no dia 14 de fevereiro, em Curitiba, com a vítima no porta-malas.
Na sequência, outro homem, que segundo testemunhas era ex-noivo de Ketlyn, foi preso no dia 13 de maio. Esse terceiro detido tinha em casa uma roupa semelhante à usada pelo suspeito que foi flagrado por câmeras deixando o carro no bairro Ganchinho. Segundo a polícia, ele também estava nas proximidades do bairro no horário em que o veículo foi deixado no local. O homem segue detido, assim como Ketlyn, que teve a liberdade negada pela Justiça.
Conforme o advogado Ryan Antunes, que defende Nelson, durante a acareação, Ketlyn apenas negou envolvimento no crime. “Ela manteve algumas divergências das versões anteriores que ela apresentou, mas ela se manteve firme na negativa de autoria dela, da participação dela no homicídio. Ela continua negando, pelo menos ela não envolveu o Nelson na acareação de hoje, mas continua negando a participação dela”, explicou.
“Como parte da defesa técnica do Nelson, nós entendemos que não há motivação, não há indícios para que o Nelson seja indiciado. Mas se caso o delegado entender que há sim indícios para que o Nelson seja indiciado, nós esperamos que o Ministério Público, ao tomar conhecimento dos autos, não ofereça denúncia contra o Nelson”,
justificou Antunes.
Nelson também deu entrevista para a RICtv e reafirmou não ter envolvimento com o assassinato. Ainda, ressaltou que não era casado com Ketlyn e nem morava com ela, apenas tiveram um relacionamento de três meses. Pouco antes de ser presa, a mulher teria apresentado para Nelson um exame de gravidez falso.
“O sentimento, em relação a ela, nenhum. Eu desconheço essa pessoa, depois de tudo o que a gente soube a partir das investigações, mas é importante deixar claro isso que você colocou, nunca fui marido dela, nunca tive esse relacionamento tão longo, como as pessoas acham, com ela. Eu espero que hoje, de uma vez por todas, essa história se encerre para mim”,
contou ele.
Participaram da acareação os advogados das partes e o delegado Victor Menezes, da Polícia Civil.