Tiros em posto: "Barbárie de filme americano", diz delegado sobre crime de policial federal
O delegado da Polícia Civil Wallace de Oliveira Brito, responsável pela investigação do caso dos tiros disparados por um policial federal em um posto de combustíveis, em Curitiba, afirmou nesta quinta-feira (5) ao Balanço Geral, da RICtv, que o inquérito deverá ser concluído até a quarta-feira (11).
Na madrugada de segunda-feira (2), o agente da Polícia Federal (PF) Ronaldo Massuia da Silva atirou contra pessoas encurraladas na loja de conveniência do estabelecimento, que fica no Cristo Rei. O fotógrafo André Luiz Fritoli, de 32 anos, morreu baleado. Um homem está internado e outras duas vítimas receberam alta.
“Barbárie digna de qualquer filme americano”,
classificou o delegado.
O caso está sendo investigado pela equipe do 6º Distrito Policial, do Cajuru. Até o início da tarde desta quarta, sete pessoas tinham sido ouvidas pelo delegado. Trata-se de testemunhas que estavam no posto.
Segundo ele, até a sexta-feira (6), mais seis ou sete pessoas, entre elas trabalhadores do estabelecimento, serão ouvidas. A mulher que estava com o policial no veículo também deverá prestar depoimento.
Brito disse, com base em informações do inquérito, que o policial federal já chegou ao posto de forma agressiva após ter saído de uma casa noturna, no Centro da cidade. “Total descontrole emocional, o que para nós é diferente de insanidade mental”, afirmou o delegado.
O policial federal teve a prisão preventiva – por tempo indeterminado – decretada pela Justiça. Na terça-feira (3), ele foi transferido da sede da PF para o Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na região da capital. Os advogados que defendem ele afiram que o policial não sabia o que estava fazendo após um surto.