‘Trafigata’ sofre atentado em plena luz do dia em bairro de Curitiba

por Redação RIC.com.br
com informações de Daniel Santos, da RICtv Curitiba
Publicado em 31 jan 2022, às 18h47. Atualizado às 20h32.

A viúva de Ricardo Marodin, Camila Marodin, sofreu um atentado durante a tarde desta segunda-feira (31) em Curitiba. A mulher ficou conhecida como ‘trafigata’ depois que seu marido foi executado e ela apontada como uma das líderes da organização criminosa chefiada pelo esposo

Camila estava em um veículo no banco de passageiros, juntamente com o motorista, quando um criminoso efetuou vários disparos de arma de fogo quando eles deixaram um supermercado no bairro Sítio Cercado. Uma testemunha contou que eles pararam na rua Lupionópolis para pedir socorro. 

“O rapaz desceu do carro com a moça pedindo ajuda. Falou que eles tinham sido assaltados no Boqueirão e daí, a gente conduziu eles para o 24h com o meu carro. Só rapaz estava ferido, aparentemente. Ele não estava nem conversando muito. A moça que pediu ajuda mais”,

contou o homem identificado apenas como Christian. 

Segundo informações apuradas pela equipe da RICtv, o homem baleado é Paulo Sérgio Veiga de Almeida, de 25 anos. Ele foi um dos detidos na operação na qual Camila foi presa em novembro de 2021, em Matinhos, no litoral do Paraná. Na ocasião, ela foi presa pelos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, devido a  cerca de R$ 1,3 milhão encontrados em sua conta bancária. Camila negou qualquer envolvimento com a criminalidade e, após 40 dias, deixou a cadeia para cumprir prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. 

Operação Ostentação

A Justiça autorizou o bloqueio do dinheiro que estava na conta de Camila, além de 13 imóveis – avaliados, ao todo, em R$ 3 milhões – que estavam no nome de laranjas, mas que a polícia suspeita de que sejam de posse da quadrilha, entre eles imóveis de alto padrão. Mais cinco carros de luxo – dois Audis, um Honda, um Camaro e um Porsche – e também uma moto, foram apreendidos.

A polícia encontrou também 39 armas, a maioria delas com um armeiro conhecido por fazer reparos em armamentos, mas que estava com armas irregulares. Ainda, em dinheiro, foram apreendidos ao todo R$ 120 mil. As investigações apontam que os carros e imóveis eram usados para canalizar os valores obtidos ilegalmente com o tráfico de drogas.

Durante a operação, que contou com mais de 40 mandados judiciais, houve um confronto em Piraquara e um suspeito morreu. O indivíduo, que tinha passagens criminais e era suspeito de participação em associação criminosa, reagiu à abordagem dos policiais e acabou baleado.

Morte de Ricardo Marodin

Ricardo Marodin foi assassinado a tiros no final da festa de aniversário do filho, que estava sendo realizado em um buffet infantil em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Quatro suspeitos fortemente armados chegaram em um carro modelo Voyage prata, surpreenderam Marodin – que segundo Camila estava do lado de fora guardando coisas no carro – e fizeram diversos disparos contra a vítima. Marodin não resistiu aos ferimentos e morreu no local, no dia 7 de novembro.

Na manhã do dia 10 de novembro, dois homens, Thiago Cesar Carvalho, que era ex-policial militar, e Guilherme Antônio da Costa, foram mortos a tiros e estavam em um carro do mesmo modelo e cor do veículo usado no assassinato de Marodin, um Voyage prata. O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Tito Barichello, afirmou que os crimes podem ter relação, já que as vítimas Ricardo e Thiago se conheciam.

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