VÍDEO: Apresentador da RICtv vive momentos de desespero durante briga de torcidas

Publicado em 13 jun 2022, às 13h06. Atualizado às 14h16.

O apresentador da RICtv Paulo Gomes viveu momentos de tensão ao ficar no meio de uma briga de torcidas organizadas, de Palmeiras e Coritiba, em torno do estádio Couto Pereira, neste domingo (12), em Curitiba.

A torcida do time paulista tentou invadir a sede da torcida rival, quando houve uma reação e a pancadaria generalizada começou. Diversos moradores da região registraram a confusão e postaram nas redes sociais.

O apresentador estava nas imediações do estádio com a família, e, no momento em que a briga começa, ele tenta se abrigar em uma barraca de cachorro-quente, junto com a dona do estabelecimento que rezava no momento. Toda a situação foi gravada por Paulo. Pelas imagens é possível ver outras pessoas se protegendo ali, inclusive crianças.

“Abaixa! Abaixa senhora […] Abaixa que tá vindo pedrada!”

diz Paulo para as pessoas abrigadas no local.

Durante a confusão, um torcedor do Palmeiras precisou ser socorrido. Ele foi encaminhado ao Hospital Cajuru em estado grave e morreu nesta segunda-feira (13). De acordo com a Polícia Civil, a causa da morte não teve a ver com agressões, já que o jovem tinha um quadro de diabetes.

“Nós íamos pedir alguma coisa para comer, quando nós ouvimos pessoas gritando. Pensei que fosse a torcida, depois vimos muitas pedradas e garrafadas. Nós nos protegemos no plástico da barrraca. A sensação é que as pessoas que estavam vindo iriam quebrar”.

relatou Paulo Gomes.

Assista:

A torcida organizada Mancha Verde do Palmeiras emitiu uma nota de repúdio à Polícia Militar criticando a organização e a organização. 

Em um dos trechos, a nota afirma que o comandante da escolta errou o trajeto e parou para perguntar onde era a entrada e explicaram que o ônibus com torcedores de São Paulo estava do lado errado”. 

“Nesse momento a torcida do time mandante apareceu e começaram a jogar pedras. O nosso ATO foi a própria proteção. Descemos dos ônibus para não sermos apedrejados.” Assim como no futebol, em situações de perigo você se defende atacando”.

Leia a nota da íntegra:

NOTA DE REPÚDIO – Polícia Militar do Paraná

A Mancha Alvi Verde vem esclarecer os fatos e não justificar as imagens. 

Alguns pontos importantes: 

Alguns dias antes da partida o Comandante da PM do Paraná entrou em contato e passamos a quantidade de ônibus (7), horário que iríamos sair de Sampa e eles marcaram o último pedágio antes de chegar em Curitiba como ponto de encontro para revista e escolta até o estádio.

Todos os torcedores dos sete ônibus estavam com ingressos comprados no site da FutebolCard pelo valor de R$ 200,00.

OS FATOS 

A nossa parte apalavrada foi feita, chegamos no último pedágio no horário marcado e a partir dali começou o despreparo da PM. 

Pouco efetivo policial para a revista dos 7 ônibus, ou seja, 350 torcedores ficaram horas parados na estrada sem poder comer ou ir ao banheiro. A demora na revista atrasou a saída dos ônibus para o estádio.

A PM conseguiu errar o caminho para o estádio por duas vezes atrasando ainda mais a nossa chegada. Os próprios motoristas dos nossos ônibus estranharam o caminho feito, já que estiveram dias atrás trazendo outra torcida de SP para o mesmo estádio e o caminho foi outro.

A primeira ainda foi possível manobrar com uma certa dificuldade e a sorte é que estávamos distante do estádio.

A segunda vez foi algo que nem um escolteiro faz. Era nítido que o policial estava perdido e entrou com sete ônibus em uma rua estreita, com carros dos dois lados, próximo ao estádio e com movimentação de torcedores do Coritiba. O Comandante da escolta parou para perguntar aonde era a entrada e explicaram que estavamos do lado errado. Esse mesmo comandante pediu para os ônibus voltarem de ré e nesse momento a torcida do time mandante apareceu e começaram a jogar pedras.

Esses foram os fatos e as imagens que todos viram foram os ATOS.

E o nosso ATO foi a própria proteção. Descemos dos ônibus para não sermos apedrejados.

Assim como no futebol, em situações de perigo você se defende atacando.

Mesmo em menor número foi possível controlar a situação e auto defender os nossos torcedores.

A tal da Escolta de pouco efetivo, quando houve o primeiro ataque da torcida rival sumiu e, depois de alguns minutos que tivemos que controlar a situação, chegou o “reforço” policial ainda mais despreparado e dando tiro de borrachas sem uso de critério para controle de multidões e soltando bombas de gás lacrimogêneo em uma quantidade surreal (que deu para sentir até dentro do gramado).

Como sugestão indicamos o 2. Batalhão de Choque do Estado de SP para ministrar treinamento ao Comando da PM do Paraná.

O restante não queremos aqui justificar as imagens, aconteceu o que tinha que acontecer para evitar um massacre.

Não aceitamos mentiras que foram divulgadas como “estavam sem ingressos e tentaram invadir o estádio”, “tentaram invadir a sede de outra torcida”.

O despreparo de quem deveria proteger a população não pode ser negligenciado e virar cortina de fumaça pelo historico de organizadas.

Não saímos de SP com cada um pagando R$ 130,00 de passagem e R$ 200,00 de ingresso, com muitas mulheres e crianças em nossos ônibus para não entrar no jogo, invadir sede e brigar.

Também não saímos de SP para sermos mal tratados por PM’s amadores, que nos jogaram em uma cilada para sermos apedrejados e massacrados dentro de ônibus.

Saímos de SP para ver o jogo e como não deixaram, saímos dos ônibus para defender as nossas vidas, nossas mulheres e crianças.

E assim, foi o que de fato aconteceu!

Diretoria Mancha alvi Verde.

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