Animais criados irregularmente em invasão no Tatuquara serão abatidos

Animais que estavam sendo criados e comercializados de forma ilegal por dez famílias, que habitam irregularmente uma no Tatuquara, devem ser encaminhados para abate. (Foto: Valdecir Galor/SMCS)

Foram apreendidos aproximadamente 195 animais que eram criados para consumo humano em meio a um aterro sanitário

Uma força tarefa da Prefeitura de Curitiba, formada por técnicos da Rede de Proteção Animal da Secretaria de Meio Ambiente, da Vigilância Sanitária, Guarda Municipal e da Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab), apreendeu na manhã de terça-feira (31) vários animais que estavam sendo criados e comercializados de forma ilegal por dez famílias que habitam irregularmente uma área encravada na Reserva do Bugio. A invasão está situada na Área de Proteção Ambiental do Rio Barigui, no bairro Tatuquara.

Foram apreendidos e encaminhados para o Centro de Controle de Zoonoses, para posterior abate sanitário, aproximadamente 65 animais: dois cavalos, seis ovelhas, sete vacas e 50 aves (galinhas, gansos, patos, perus e marrecos). “Os animais estavam sendo criados em meio ao lixo, inclusive hospitalar, sem nenhum controle fitossanitário, sendo impróprios para o consumo humano por oferecer risco à saúde”, explicou o médico veterinário Fabiano Cruzara, coordenador da ação.

Atualização: Mobilização tenta evitar o sacrifício de quase 200 animais em Curitiba

O diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, Eros Luiz de Souza, explica que foram encontrados no local cerca de 130 porcos e que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente aguarda autorização para o recolhimento e indicação de abatedouro para realizar a remoção dos suínos. O documento é emitido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, órgão que regula o trânsito e abate de animais.

“A Prefeitura de Curitiba recebeu pela Central 156 e pela ouvidoria várias reclamações de moradores do bairro sobre o local em que os animais estavam sendo criados de maneira irregular e, principalmente, sobre a comercialização das carnes e derivados dessa produção”, afirma Alessandra Lopes, diretora do distrito sanitário Tatuquara.

A supervisora da Fundação de Ação Social (FAS) no Tatuquara, Niucéia de Fátima Oliveira, conta que as famílias têm sido acompanhadas pela instituição e que foram inúmeras vezes informadas de que não poderiam mais continuar com a criação e comercialização dos animais.

Durante a operação, técnicos da Cohab informaram às famílias que em breve será realizada a reintegração de posse da área, já autorizada pela Justiça, para que as mesmas comecem a retirar seus pertences do local. “Os moradores não ficarão desassistidos. Muitos são inquilinos dos invasores. Será realizado um cadastramento dessas pessoas para que sejam encaminhadas para o programa habitacional da companhia”, afirmou o técnico da Cohab Celso Grisalt.

Animais poderão ser adotados

Em nota, a Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba afirmou que os animais estão sob os cuidados da Rede de Proteção Animal de Curitiba e que, após um período de quarentena, poderão ser encaminhados para adoção. “Estamos em contato do com a Rede de Defesa e Proteção Animal de Curitiba (RDPA) sobre o destino dos animais apreendidos no Tatuquara. Todos os animais entre cavalos, ovelhas, vacas e aves (galinhas, gansos, patos, perus e marrecos) poderão ser adotados após quarentena, desde que haja garantia que não serão utilizados para o consumo (nem seus derivados) e serão separados de outros animais, conforme posicionamento da RDPA”, afirma a nota.

O contato para adoção será divulgado na sequência, mas famílias interessadas na adoção dos animais podem enviar email para institucional@spacuritiba.org.br.

1 jun 2016, às 00h00.
Mostrar próximo post
Carregando