Arábia Saudita, Rússia e mais 35 países apoiam políticas da China em Xinjiang

Por Tom Miles

GENEBRA (Reuters) – Arábia Saudita, Rússia e 35 outros Estados escreveram à Organização das Nações Unidas (ONU) apoiando as políticas da China na região ocidental de Xinjiang, segundo uma cópia da carta vista pela Reuters nesta sexta-feira, em um contraste com as fortes críticas do Ocidente.

A China foi acusada de deter 1 milhão de muçulmanos e perseguir uigures étnicos em Xinjiang, e 22 embaixadores assinaram uma carta enviada ao Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta semana repudiando as políticas chinesas na região.

Mas a carta de apoio à China elogiou o que classificou como conquistas chinesas notáveis no campo dos direitos humanos.

“Diante do desafio grave do terrorismo e do extremismo, a China adotou uma série de medidas de contraterrorismo e desradicalização em Xinjiang, incluindo a criação de centros de educação vocacional e treinamento”, disse a carta.

A carta disse que a segurança voltou a Xinjiang e que os direitos humanos fundamentais de pessoas de todos os grupos étnicos locais foram salvaguardados. O documento acrescentou que não houve nenhum ataque terrorista na região em três anos e que as pessoas desfrutam de uma sensação mais profunda de felicidade, realização e proteção.

Além da Arábia Saudita e da Rússia, a carta foi assinada por embaixadores de muitos países africanos, assim como por Coreia do Norte, Venezuela, Cuba, Belarus, Mianmar, Filipinas, Síria, Paquistão, Omã, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos e Barein.

A China nega qualquer violação de direitos humanos na região, e o embaixador chinês Xu Chen, falando no encerramento da sessão de três semanas do conselho nesta sexta-feira, disse que seu país valoriza muito o apoio que recebeu dos signatários.

12 jul 2019, às 00h00.
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