Por Mohammed Mukhashaf

ÁDEN (Reuters) – Pelo menos 22 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em um ataque ao aeroporto de Áden na quarta-feira, momentos depois que um avião pousou transportando um gabinete recém-formado apoiado pelos sauditas para partes controladas pelo governo do Iêmen.

O primeiro-ministro Maeen Abdulmalik disse que todos os integrantes do gabinete estavam “bem”. Mas o ataque ressaltou as dificuldades enfrentadas por um governo com o qual a Arábia Saudita pretende unir dois de seus aliados na guerra contra o movimento Houthi, alinhado com o Irã.

Horas depois do ataque, uma segunda explosão foi ouvida em torno do palácio presidencial Maasheq, de Áden, onde membros do gabinete, incluindo Maeen e o embaixador saudita no Iêmen, Mohammad Said al-Jaber, foram levados, disseram moradores e a mídia local.

No ataque ao aeroporto, fortes explosões e tiros foram ouvidos logo após a chegada do avião vindo de Riad, segundo testemunhas. Uma fonte de segurança local disse que três projéteis de morteiro caíram no saguão do aeroporto.

O gabinete divulgou o número de mortos no Twitter, citando o ministro do Interior, e disse que 50 pessoas ficaram feridas.

Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque.

A coalizão liderada pelos sauditas disse que derrubou um drone houthi carregado de explosivos que tinha como alvo o palácio presidencial.

O novo gabinete une o governo do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi com os separatistas do sul, visando cumprir o objetivo saudita de encerrar uma rixa entre os aliados de Riad.

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30 dez 2020, às 18h15.
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