Durante a entrevista coletiva que revelou detalhes da investigação sobre o atentado na creche Pró-Infância Aquarela, em Saudades, no Oeste de Santa Catarina, o delegado responsável pelo inquérito, Jerônimo Marçal Ferreira, afirmou que o autor da chacina deixou claro que escolheu as vítimas por conta da fragilidade. Ele assassinou três bebês e duas professoras, além de deixar outro bebê ferido, no dia 4 de maio.

De acordo com Ferreira, a investigação apontou que o alvo inicial do autor eram pessoas que estudaram com ele ainda na época da escola, por quem ele nutre um sentimento de raiva. O jovem teria mudado de ideia quando não conseguiu comprar uma arma de fogo. Com armas brancas, ele não teve coragem de atacar pessoas da mesma faixa etária. 

“Como ele não conseguiu [a arma de fogo], ele achou que não daria conta de enfrentar esses rapazes com arma branca. Isso mostra que, o ato dele por si só, o que ele fez, já seria covarde porque foi contra crianças e mulheres que não tinham condições de se defender. Ele não se garantia contra aquelas outras pessoas e ele pensou ‘então eu vou descontar essa minha raiva em pessoas que não têm nada a ver comigo, em pessoas inocentes que nunca fizeram nada para ninguém’”, analisa o delegado.

O jovem foi autuado em flagrante por cinco homicídios e uma tentativa de homicídio – todos triplamente qualificados. A Polícia Civil deve encaminhar o inquérito ao Ministério Público ainda nesta sexta-feira

14 maio 2021, às 15h26. Atualizado às 15h28.
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