por Renata Nicolli Nasrala
com informações da Climatempo

Um ciclone extratropical e uma frente fria podem chegar com tudo em algumas regiões do Brasil a partir desta quarta-feira (2).

De acordo com a Climatempo, os sistemas se organizam entre a Argentina, Uruguai e o Brasil já no começo desta noite.

Ciclone extratropical, ventos, granizo e chuva: entenda a previsão da Climatempo

Além disso, segundo o Climatempo, o centro da baixa pressão atmosférica associado ao ciclone extratropical deve estar posicionado entre o leste do Uruguai e o sul do Rio Grande do Sul, com pouco menos de 1010 hPa. Dessa maneira, a formação da frente fria e do ciclone devem gerar nuvens carregadas sobre o Rio Grande do Sul, o Uruguai e o leste da Argentina, na região de Buenos Aires.

Ao que tudo indica, existe grande potencial para chuva volumosa, rajadas de vento intensas e até queda de granizo.

Para esta quarta, a Climatempo ainda alertou para o risco de ventania com até 90 km/h no centro-sul, no oeste e leste do Rio Grande do Sul e de 50 km/h a 70 km/h no restante da região Sul.

Durante a madrugada de quinta-feira (3), o ciclone extratropical se intensifica no litoral do Uruguai e próximo à Santa Vitória do Palmar, no extremo sul gaúcho, com a pressão do ar baixando para menos de 1000 hPa sobre o mar, sendo que a pressão do ar mais baixa faz com que as rajadas de vento fiquem mais fortes. 

Posição da baixa pressão atmosférica (B) do ciclone extratropical às 
9h (Brasília) em 2/9/2020 (GFS). / Foto: reprodução Climatempo

Ainda na quinta há risco de rajadas de vento entre 80 km/h e 100 km/h no sul do Rio Grande do Sul, atingindo locais como Chuí, Santa Vitória do Palmar, Rio Grande e Pelotas. O mesmo pode acontecer na serra do RS e na serra catarinense.

Nas demais áreas da região Sul do Brasil o vento pode variar entre 50 km/h e 70 km/h na quinta, mas as rajadas de vento tendem a enfraquecer no decorrer do dia com o afastamento do ciclone.

Ciclone bomba x ciclone extratropical

O ciclone extratropical se forma rapidamente. Em alguns pontos do litoral do Uruguai e do Rio Grande do Sul, a diferença da pressão atmosférica entre 00h de quarta e 00h de quinta deve ser de pouco menos de 24 hPa, o que faz este ciclone extratropical ser quase um ciclone bomba

Ciclone bomba em formação

Em resumo, todos os ciclones tem queda na pressão atmosférica durante sua formação. Entretanto, para ser considerado um ciclone bomba a queda precisa ser exatamente de 24hPa em 24 horas: 1 hPa por hora.

2 set 2020, às 12h58.
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