PEQUIM (Reuters) – Um renomado médico especialista chinês disse nesta quarta-feira que não existe base factual nas acusações de que a China não compartilhou dados com pesquisadores internacionais indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para investigar a origem da Covid-19.

Após a publicação de um estudo conjunto da China e da OMS sobre o tema na terça-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a China omitiu dados dos investigadores internacionais.

Mas Liang Wannian, que foi colíder do estudo conjunto, disse aos repórteres que pesquisadores dos dois lados tiveram acesso aos mesmos dados durante a investigação e que as afirmações sobre uma falta de acesso não são fidedignas.

“É claro, de acordo com a lei chinesa, alguns dados não podem ser levados ou fotografados, mas quando os estávamos analisando juntos em Wuhan, todos podiam ver a base de dados, os materiais – foi tudo feito junto”, disse.

Respondendo a alegações de que o grupo de especialistas não teve acesso a conjuntos de dados e de amostras completos, Liang disse que cientistas nunca têm informações perfeitas.

Ele também rejeitou as queixas de que a publicação do relatório foi adiada diversas vezes, observando que “cada frase, cada conclusão, cada dado isolado” precisava ser verificado pelos dois lados antes de poder ser divulgado.

O estudo conjunto concluiu que a origem mais provável da Covid-19 está em animais e que ele provavelmente foi transmitido aos humanos por uma espécie intermediária.

(Por Gabriel Crossley)

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31 mar 2021, às 11h50. Atualizado às 11h51.
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