Com EUA na final da Copa feminina, disputa por igualdade salarial volta à tona

(Reuters) – Com os Estados Unidos em preparação para a disputa da final da Copa do Mundo de futebol feminino, a luta da equipe pela igualdade salarial ressurgiu nesta quarta-feira, com o Caucus das Mulheres Democratas exigindo respostas do presidente da federação de futebol dos EUA, Carlos Cordeiro.

A disputa da seleção feminina norte-americana com a entidade controladora da modalidade no país a respeito da paridade de pagamentos se aqueceu durante o mês de disputa do torneio, que se encerra no domingo, em Lyon, quando os EUA enfrentarão Holanda ou Suécia, depois de eliminarem a Inglaterra em uma tensa semifinal, vencida por 2 x 1.

As jogadoras têm repetido que o processo judicial que movem contra a federação não vem sendo uma distração, mas a disputa voltou ao centro das atenções com o Caucus das Mulheres Democratas enviando a Cordeiro uma carta, em que expressam sua “profunda preocupação a respeito da desigualdade em pagamentos, publicidades e investimentos na seleção feminina dos EUA”.

“As integrantes também exigem respostas da federação sobre como tais injustiças serão remediadas”, acrescentou o documento.

Todas as 28 atletas da seleção norte-americana, atual campeã mundial, foram nomeadas como querelantes em uma ação judicial contra a federação de futebol dos EUA, protocolada em março.

As jogadoras afirmam que têm recebido constantemente menos dinheiro que a equipe masculina, ainda que suas performances sejam superiores às dos homens.

O processo também destaca anos de discriminação de gênero institucionalizada, alegando que condições de viagens, departamento médico, promoção de partidas e treinamentos são desfavoráveis às atletas femininas em relação ao time masculino.

(Reportagem de Steve Keating em Toronto)

3 jul 2019, às 00h00.
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