Dia Mundial de luta contra a AIDS: veja histórias reais de soropositivos

Cinco pessoas contam sobre sua experiência pessoal com o HIV. (Foto: Reprodução/RICTV)

Através de depoimentos reais, os filmes mostram que embora os tratamentos tenham evoluído, a falta de informação e o preconceito ainda são uns dos principais desafios

Neste sábado, 1° de dezembro, é o Dia Mundial de Luta contra a Aids, para marcar a data e relembrar as lutas e todas as conquistas na resposta global ao HIV, o Grupo RIC Paraná preparou uma série de minidocumentários que conta histórias reais de pessoas que convivem com a doença quase quarenta anos depois da descoberta dos primeiros casos. (Assista abaixo)

Todos os personagens são brasileiros e falam um pouco de como foi a descoberta da Aids em suas vidas e de como elas mudaram. Através de depoimentos reais os filmes mostram que embora os tratamentos tenham evoluído e tornado possível uma vida longa para seus portadores, a falta de informação e o preconceito ainda são uns dos principais desafios a serem enfrentados.

“Eu fui para descobrir uma caxumba e acabei descobrindo HIV”

Nome completo: Gabriel Comicholi

Idade: 23 anos

Gabriel descobriu aos 21 anos que tinha HIV. A partir da descoberta decidiu compartilhar sua experiência de tratamento no youtube. Lá ele conta o passo a passo desses dois anos de tratamento cheios de incertezas e expectativas.

“O preconceito com nós soropositivos, a gente até aguenta, que a gente sabe que vai conviver com isso. O problema é dentro da própria família”

Nome completo: Renato* (nome fictício)

Idade: 30 anos

Forma de contágio: Sexo sem proteção

Descobriu quando teve uma gripe que não passava de jeito nenhum. Teve depressão, foi demitido da empresa que trabalhava logo após o diagnóstico. Passou por inúmeras situações de preconceito. Superou mas tem receio do futuro.

“Eu descobri já faz 20 anos. Eu estava com problema de bexiga e fui fazer um exame. Aí o médico me disse ‘você está grávida’ ”

Nome completo: Angélica* (nome fictício)

Idade: 46 anos

Forma de contágio: Sexo sem proteção

Angélica* tem uma filha com HIV, mas não fala sobre isso porque a família do marido da filha não sabe. Eles têm receio pelo preconceito.

“A gente nunca imaginava que aconteceria conosco, foi aí que eu me enganei. Foi aí que eu descobri que eu era portador do HIV aos 18 anos”

Nome completo: Reginaldo Zanão

Idade: 42 anos

Forma de contágio: era usuário de drogas injetáveis.

Reginaldo descobriu o HIV em 1994, com 18 anos, e viu muitos dos seus amigos da época morrerem de AIDS. Hoje, ele participa como voluntário em uma instituição chamada RNP+C (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV) que faz trabalhos voltados a prevenção, conscientização e convivência entre pessoas vivendo com HIV e seus familiares, e público geral.

“Há 23 anos, atráves do meu marido, eu me descobri infectada com o vírus do HIV. Eu perdi o chão, era uma época em que muitas pessoas morriam”

Nome completo: Maria do Socorro Lisboa
Forma de contágio: sexo sem proteção com o marido

Socorro trabalha hoje no RNP+C (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV) como voluntária. Descobriu o HIV depois do diagnóstico do ex-marido que acabou falecendo de AIDS.

1 dez 2018, às 00h00.
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