Estrada da Graciosa deve ficar interditada pelos próximos seis meses

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) interditou na tarde desta quinta-feira (13) a passagem de veículos na Estrada da Graciosa (PR-410). Em razão das fortes chuvas dos últimos dias, houve desmoronamento de pista na altura do quilômetro 10,8, seguido por um desmoronamento de terra próximo ao quilômetro 12, bloqueando 100 metros das duas vias, impedindo totalmente o trânsito nos dois sentidos da rodovia.

As equipes do DER avaliam se há também risco de cair o talude (parede de sustentação da mata). O maquinário que será usado para os trabalhos de reparo da pista estão próximos do local e as obras devem começar na próxima segunda-feira (17) em regime de urgência, para a rápida resolução das questões burocráticas. Uma empresa deverá ser convocada para iniciar o projeto emergencial.

Segundo a assessoria do DER, os técnicos responsáveis por avaliar os estragos na Estrada da Graciosa estão reunidos neste momento para discutir as melhores opções de reconstrução do trecho. No local onde a pista desmoronou deve ser construída uma ponte, como outras já existentes em vários pontos da estrada. De acordo com os engenheiros, vários fatores devem complicar bastante as obras na via em razão da geografia do local, além da estrada ter grande quantidade de material histórico e estar localizada em uma área de proteção ambiental permanente. Levando-se em conta todos estes complicadores, a passagem de veículos com destino ao litoral, pela Estrada da Graciosa, deve ficar interrompida pelos próximos seis meses.

Até lá, os motoristas que precisam se deslocar para os municípios de Morretes, Antonina e Guaraqueçaba precisam, obrigatoriamente, utilizar a BR-277 e pagar pedágio.

Estrada Histórica

A Estrada da Graciosa – PR-410, ou Caminho da Graciosa é um dos cinco caminhos coloniais, em território paranaense que atravessa a barreira natural da Serra do Mar, integrando o litoral e o Planalto Curitibano. As primeiras notícias deste caminho datam de 1721. A estrada levou vinte anos para ser construída e foi concluída em 1873. Trinta anos depois, foi reconstruída em pouco mais de dois anos, marcando os primeiros ensaios de pavimentação. Foi por ela que se transportou o mate, um dos principais produtos de exportação que saia dos Campos Gerais e Guarapuava, passava por Curitiba e seguia pela Graciosa em direção aos portos de embarque.

14 mar 2014, às 00h00.
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