Por Karen Freifeld

(Reuters) – O governo Trump publicou na segunda-feira uma lista de empresas chinesas e russas com supostos elos militares, o que limita suas compras de uma variedade ampla de bens e tecnologias dos Estados Unidos.

No mês passado, a Reuters foi a primeira a noticiar que o Departamento de Comércio norte-americano tinha o esboço de uma lista de empresas que ligava aos militares chineses e russos, uma notícia que provocou uma refutação de Pequim.

A lista final não inclui a Commercial Aircraft Corporation of China (COMAC) nem as subsidiárias de Hong Kong da Arrow Electronics, com sede no Colorado, ou a TTI Inc, distribuidora da Berkshire Hathaway localizada no Texas –estas companhias estavam no esboço da lista vista pela Reuters.

Mas o Instituto de Pesquisa e Projeto de Aeronaves de Xangai, que projeta os aviões da COMAC, e a Shanghai Aircraft Manufacturing Co, que fabrica os aviões da COMAC, estão na compilação.

A China insistiu que os EUA parem o que classificou de ações errôneas e de tratar todas as empresas da mesma maneira, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, em uma coletiva de imprensa diária em Pequim nesta terça-feira.

Mais tarde, o Ministério do Comércio chinês disse em um comunicado que se opõe com firmeza à inclusão de empresas chinesas na lista norte-americana e que adotará as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos dos empreendimentos chineses.

A lista final identifica 103 entidades, 14 menos do que as do esboço visto pela Reuters em novembro. Cinquenta e oito são atribuídas à China, menos do que as 89 iniciais, e 45 entidades são ligadas à Rússia, mais do que as 28 iniciais.

Na segunda-feira, o secretário do Comércio dos EUA, Wilbur Ross, disse que a ação estabelece um novo processo “para auxiliar os exportadores ao verificar seus clientes para usuários de fins militares”.

A lista final foi publicada no site do Departamento de Comércio na segunda-feira e deveria ser divulgada ao público nesta terça-feira.

Sua publicação nos últimos dias do governo Trump vem na esteira do acréscimo de dezenas de empresas chinesas em outra lista negra comercial dos EUA que inclui a principal fabricante de chips da China, SMIC, e a fabricante de drones SZ DJI Technology Co Ltd, na sexta-feira.

(Reportagem adicional de Stella Qiu, Cate Cadell e Tom Daly)

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22 dez 2020, às 11h33. Atualizado às 11h36.
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