por Julia Cappeletto
com informações de Cícero Bittencourt e supervisão de Caroline Berticelli, da RIC Record TV

Atualmente, mais de 2 mil pessoas aguardam por um transplante no Paraná. Mas, apesar da fila, há cinco anos, o estado é o primeiro colocado no ranking brasileiro no número de doações, apresentando o dobro da média nacional. Só em 2021, já foram registradas 213 doações efetivas nos hospitais paranaenses.

O mês de setembro, além de dedicado ao enfrentamento ao suicídio, também é voltado para ações de conscientização quanto à doação de órgãos. O Campanha Setembro Verde tem o objetivo de chamar atenção para o assunto e esclarecer o público em geral sobre as dúvidas que podem fazer com que as pessoas se sintam inseguras em optar pela doação mesmo sabendo que podem salvar muitas vidas.

“O paciente que está na fila de transplante, ele se encontra em uma espera determinada, angustiante, precisando de uma melhora da sua qualidade de vida, muitas vezes, precisando de uma salvação pra vida dele mesmo. Muitos pacientes não chegam a alcançar o transplante em tempo hábil, muitos acabam falecendo na fila de transplante durante esse processo de espera. Por isso, a importância da gente conseguir aumentar os índices de doação”,

explica o médico Matheus Tanaka.

Um exemplo do quanto a doação pode fazer a diferença é a história de Cinara Elisa Domingues, de 19 anos, que desde os 17 esperava pelo transplante que poderia dar uma nova perspectiva de vida à jovem. Convivendo com a hepatite autoimune, ela precisava de um fígado compatível, e a notícia da cirurgia foi recebida com muita emoção.

“É uma sensação de alívio, porque você está ali na expectativa de esperança, ansiosa para que aconteça logo. Mas, você também fica aflita, porque você não sabe o momento, não sabe quando vai acontecer, não sabe o dia, o horário, nada”,

conta Cinara.

Há quatro meses, a jovem realizou o transplante de fígado. Mas, ainda reflete sobre os impactos e a importância do Setembro Verde, mês dedicado a conscientização da doação de órgãos.

“A gente tá aqui morrendo de felicidade, alegria, mas tem uma família que tá passando por uma situação difícil. Penso assim, que a generosidade da pessoa vai muito além dessa vida e, agradeço todos os dias, porque não sei o que seria de mim sem esse transplante. Eu não me imagino em outra vida sem ser transplantada, porque a gente que vive isso, é muito emocionante. Falem para os seus familiares, porque muitas vezes a pessoa tem a intenção de doar, mas ela não de expressa sobre isso, e aí chega a hora dela partir e a família não tá sabendo”,

completa a jovem.

Assista à reportagem completa:

9 set 2021, às 16h52. Atualizado às 16h55.
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