por Redação RIC.com.br
com informações do G1

José Edvaldo da Silva, de 52 anos, morreu após fazer mergulho usando prancha puxada por barco no último dia 21,  no arquipélago Fernando de Noronha, em Pernambuco. 

O esporte que José praticava no momento do acidente é chamado de “plana sub” e foi criado na ilha

Ao G1, a esposa de José, Elizabeth Verneque Cordeiro Silva, afirmou que o passeio não parecia ser perigoso.

“Não era algo perigoso. As águas eram calmas. Reparei que ele deu uma mergulhada, não era profunda, mas deu. Como ele não tinha experiência, pode ter acontecido alguma coisa embaixo e ele não conseguiu subir de volta. Mas uma coisa que me marcou foi que, antes de mergulhar, ele disse que não iriamos ver o pôr do sol”, afirma a esposa.

Elizabeth afirmou também que estava apenas o casal na viagem e que não era a primeira vez que os dois tinham ido até Noronha.

“Fomos há uns cinco ou seis anos e gostamos muito. Só que quando você vai pela primeira vez não tem a oportunidade de conhecer muita coisa e, por isso, voltamos. Gostávamos muito de caminhar, fazer trilhas, de aventura. Éramos aventureiros. E dessa vez ele planejou para fazermos tudo que queríamos”, explica.

Após o passeio de plana sub, Elizabeth não encontrava o marido e decidiu pedir ajuda para procurá-lo. 

José Edvaldo tinha 52 anos e era diretor de uma escola (Foto: Reprodução/Facebook)

“Um moço falou pra mim que achava que ele poderia estar no banheiro. Fiquei nervosa na hora, em pânico. Quando vi a porta do banheiro fechada, fiquei aliviada. Mas bateram e tiveram que arrombar. Ele não estava lá. Me ajoelhei no barco e fiz uma oração.”

Segundo ela, o Corpo de Bombeiros foi rápido em atender a ocorrência. Além disso, todos que sabiam nadar pularam na água para tentar achar o marido. 

Foi uma mergulhadora que trabalhava na área que resgatou o corpo de José do fundo do mar. Elizabeth contou que o médico avisou que tinha conseguido recuperar os batimentos cardíacos de José Edvaldo e, quando foi ao hotel preparar as coisas para a transferência de hospital, sentiu que deveria voltar ao hospital. Foi quando recebeu a notícia que o marido não tinha resistido.

“A médica me falou: ‘Você sabe que o estado dele é grave? Você sabe que o coração está fraco?’. Falei que sabia. ‘Agora pouco o coração dele parou e não voltou mais’, ela disse. Nessa hora só Jesus pra dar forças pra gente. Me senti impotente e comecei a chorar”.

José Edvaldo foi enterrado na tarde de terça-feira (25), em Ribeirão Branco, cidade onde nasceu e morava com a família.

28 maio 2021, às 09h56.
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