Investigação sobre contas de Cunha na Suíça pode virar nova denúncia no STF

A Suíça congelou cerca de US$ 5 milhões em contas que estão no nome de Cunha e de parentes dele

A investigação da Suíça sobre as contas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode virar uma nova denúncia contra o deputado no Supremo Tribunal Federal (STF). Procuradores aguardam o recebimento da documentação coletada pelas autoridades daquele país para analisar o caso.

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O procedimento corre na Suíça desde abril, e com a identificação das contas e valores, o caso já está avançado e pode virar uma acusação formal, sem necessidade de passar pela fase de inquérito no Brasil. A documentação completa obtida pela Suíça em investigação criminal ainda não chegou à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Até o momento, os procuradores receberam apenas parte das informações sobre o caso – como os beneficiários dos depósitos feitos na Suíça e o comunicado oficial de que aquele país abriria mão de processar o deputado para remeter o caso ao Brasil.

O material completo, que inclui as tabelas de depósitos e a checagem das contas, pode demorar uma semana para chegar ao País e será encaminhado à PGR via Ministério da Justiça. Quando chegarem ao Brasil, as informações serão traduzidas e analisadas para, então, serem encaminhadas ao Supremo.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo desta quinta-feira (1°), a Suíça congelou cerca de US$ 5 milhões em contas que estão no nome de Cunha e de parentes dele. A PGR, no entanto, não confirma os valores bloqueados. Desde abril, o escritório do Procurador-Geral da Suíça apura informações sobre depósitos realizados em nome de Cunha e de familiares do deputado.

Eduardo Cunha já é alvo de uma denúncia da PGR feita ao STF por envolvimento na Operação Lava Jato. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, com base em suposto recebimento de US$ 5 milhões em propinas provenientes de contrato de aluguel de navio-sonda pela Petrobras.

1 out 2015, às 00h00.
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