Justiça considera greve dos educadores ilegal e pede retorno imediato

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) emitiu um parecer favorável ao poder público municipal e decretou a ilegalidade da greve dos educadores de Curitiba, que começou na última terça-feira (18). A decisão, assinada pelo juiz de plantão Jefferson Alberto Johnsson, do Tribunal Regional do Trabalho, pede o retorno imediato dos professores ao trabalho, sob pena de multa diária no valor de R$ 80 mil.

Na manhã desta quarta-feira (19) cerca de 10 mil educadores e professores caminharam até o Centro Cívico, onde realizaram atos simbólicos em frente à prefeitura de Curitiba.

Desde ontem (18), 90% dos Centros Municipais de Educação Infantil da capital estão parados. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC) dos 4 mil educadores, 2,5 mil entraram em greve. A categoria quer a redução de carga horária, cumprimento do piso salarial e enquadramento funcional como professores da educação infantil.

A greve dos professores das escolas municipais de Curitiba deixou 80 mil crianças e adolescentes sem atendimento nas escolas e Centros Municipais de Educação Infantil, de acordo com balanço divulgado pela prefeitura de Curitiba. Estão matriculadas 142 mil crianças e adolescentes na rede municipal de ensino da Capital.

De acordo com o Sismuc, a prefeitura deve receber uma comissão de negociação dos educadores para uma reunião às 14h30.

Na terça-feira (18), a reunião de negociação entre os representantes da prefeitura de Curitiba e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais foi interrompida logo na primeira pauta da discussão, que tratava da redução da jornada de trabalho dos educadores para 30 horas semanais.

A Prefeitura de Curitiba emitiu uma nota afirmando que mantém aberto o diálogo com os representantes dos educadores que atuam nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e espera a volta dos profissionais ao trabalho.

O comunicado afirma ainda que, apesar de o sindicato ter abandonado a mesa de negociações na terça-feira, considera que a decisão judicial não anula a legitimidade das reivindicações dos educadores, e que não deve retroceder na discussão do Plano de Carreira, que trará benefícios reais para a categoria.

19 mar 2014, às 00h00.
Mostrar próximo post
Carregando