Nesta quinta-feira (1), uma mãe foi condenada em decisão unânime do júri no tribunal de Birmingham, na Inglaterra, por matar as duas filhas que “atrapalhavam sua vida sexual”.

Identificada como Louise Porton, a jovem de 23 anos foi acusada de matar a filha Lexi Draper, de três, em 15 janeiro de 2018, além da filha mais nova, Scarlett Vaughan, de 17 meses, 18 dias depois do primeiro assassinato. 

Mãe é condenada após matar filhas em Birmingham, na Inglaterra

De acordo com o portal The Mirror, os jurados do tribunal ouviram que Louise havia aceitado 41 pedidos de amizade em um aplicativo de relacionamento apenas um dia após a morte da primeira filha. Segundo promotores do caso, Louise Porton foi considerada “calma e sem sentimentos” após a morte de Lexi.

Além disso, as cinco semanas de julgamento também comprovaram que a mulher oferecia sexo em troca de dinheiro para que ela pudesse fazer suas compras.

Certa vez, quando Lexi estava doente no hospital, Louise tirou fotos sem sutiã no banheiro para providenciar um encontro sexual com um homem que havia conhecido na internet.

E as atitudes frias e incompreensíveis com as filhas não param por aí. Conforme a investigação, Louise foi ouvida rindo em uma funerária dois dias antes de matar Scarlett, em 1º de fevereiro.

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Mulher matou as duas filhas sufocadas, segundo investigação

No julgamento foi informado que as duas crianças tinham sinais de obstrução deliberada das vias aéreas, e Scarlett tinha sinais de recente sangramento no tecido do pescoço, o que indica esganadura.

De acordo com o promotor Oliver Saxby, “Lexi e Scarlett morreram porque alguém  interferiu na respiração delas, e essa pessoa só pode ser a ré em questão”.

Na ocasião, o celular da vítima foi apreendido, e nele a investigação encontrou pesquisas bizarras em relação a assassinatos: “quanto tempo depois de se afogar uma pessoa ainda pode ser ressuscitada?”, “criança pequena é ressuscitada após quase se afogar”, foram alguns conteúdos buscados pela mãe das meninas.

Conforme o júri, a menina Lexi já estava morta há algum tempo antes da emergência ser acionada, o que comprovou perfeitamente as buscas encontradas pelo promotor no celular da mãe.

“Louise fazia qualquer coisa para não ter as filhas por perto”

Além disso, no primeiro dia de julgamento foi dito que de agosto de 2016 a novembro de 2017 a proprietária do apartamento onde Louise vivia com as crianças cuidava mais das meninas do que a própria mãe, que estava sempre ocupada fazendo “coisas sociais”.

Segundo depoimento da proprietária do imóvel à polícia, Louise fazia qualquer coisa para não ter as filhas por perto.

Para o promotor Oliver Saxby, claramente ser mãe de duas crianças deveria ser difícil, e sem duvidas Louise podia precisar de um tempo sozinha algumas vezes.

“Mas, no contexto do que aconteceu, no contexto de duas mortes inexplicáveis, consistente com a obstrução das vias áreas, é difícil não chegar a conclusão que a ré acreditava que as filhas, de vez em quando, atrapalhavam sua liberdade de fazer o que ela queria, quando queria e com quem queria”.

Entretanto, no julgamento, a mãe das meninas negou a teoria do promotor.

“Minhas filhas nunca foram inconvenientes e eu adaptava meu estilo de vida e vida pessoal a elas. Eu ainda não sei como minhas filhas morreram ou o que causou isso”, disse Louise.

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Por fim, o detetive Pet Hill, da polícia de Warwickshire, cidade natal da mãe e das crianças, ele nunca poderia entender  porque Louise Porton matou as duas filhas. “Está claro ainda que Porton tentou matar sua filha Lexi outras duas vezes antes de sua morte em 2018, e não contente em matar uma das crianças, ela fez exatamente a mesma coisa com Scarlett”, finalizou.

2 ago 2019, às 00h00.
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