Médico brasileiro é preso no Egito após viralizar na internet assediando uma mulher
O médico brasileiro e influenciador digital Victor Sorrentino foi preso no Egito após compartilhar vídeos em que realiza comentários machistas para uma mulher local. A informação foi divulgada pelo Ministério do Interior do Egito neste domingo (30).
Há quatro dias, o profissional, que atende em consultório em Porto Alegre e atua também como palestrante internacional, fez comentários em português a uma mulher em um bazar local.
“Vocês gostam mesmo é do bem duro, né? Comprido também fica legal, né?”
Sem entender, a funcionária ri e acena com a cabeça. A gravação, compartilhada no seu Instagram, logo foi apagada.
“O Ministério do Interior conseguiu prender um estrangeiro após assédio a uma menina, depois de publicar um videoclipe contendo o incidente de assédio em um dos sites de redes sociais da Internet, onde os serviços de segurança conseguiram identificar a vítima e o autor do incidente, e tomar as medidas judiciais contra ela e apresentar ao Ministério Público competente”, afirmou o órgão uma publicação nas redes sociais.
Assim que a gravação gerou revolta nas redes sociais do mundo todo, o médico pediu desculpas, ao lado de sua mulher, afirmando ser uma pessoa “brincalhona”.
“Como eu vi que tu é uma pessoa risonha e estava brincando junto com a gente, eu acabei brincando”, justificou.
Mesmo assim, a hashtag #حاسبوا_المتحرش_البرازيلي (responsabilizem o assediador brasileiro, em tradução literal) se popularizou após a iniciativa Speak Up, um movimento feminista no Egito, compartilhar a história no Twitter.
“Ele se aproveitou pela segunda vez e disse que havia contado uma ‘piada brasileira’ sobre ela no dia anterior. Claramente, a moça não entendeu a piada no dia anterior, então não saberia nem mesmo por que ele estaria se desculpando. A tentativa do médico de limpar a sua imagem não foi bem sucedida, pois as mulheres brasileiras decidiram fazer com que o ocorrido chegasse até às autoridades, para que uma atitude fosse tomada. Já que o assédio não é aceito no Brasil, por que poderia ser praticado no Egito? O médico que decidiu se aproveitar da inocência dessa moça e seu pouco entendimento do português ainda se encontra no Egito”,
disse o coletivo em um post no Facebook.
Confira o vídeo que viralizou nas redes: