CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – O México está pedindo que os cemitérios fechem para visitantes públicos antes do feriado do Dia dos Mortos, uma data que normalmente atrai centenas de milhares de pessoas de toda a nação, enquanto as autoridades lutam para evitar outra onda de infecções de coronavírus.

A celebração de 1º e 2 de novembro mistura rituais católicos e a crença pré-hispânica de que os mortos voltam uma vez por ano do submundo, e os fiéis lotam cemitérios e praças públicas nestes dias.

Antes do feriado, a maioria dos cemitérios ficará fechada, já que estes “se tornam áreas de alto risco de contágio”, disse o vice-ministro da Saúde, Hugo López-Gatell, aos repórteres na terça-feira. “A recomendação é evitar multidões.”

Um surto em um casamento elegante em Mexicali, cidade fronteiriça do norte, neste mês foi um lembrete do risco de saúde das aglomerações – as autoridades municipais disseram que mais de cem das várias centenas de convidados contraíram o vírus.

López-Gatell acrescentou que as hospitalizações de Covid-19 aumentaram nos últimos dias, o que reverteu uma tendência de queda iniciada no final de julho. Ele deu a entender que a detecção mais rápida do vírus ou o número crescente de infecções – ou os dois fatores combinados – pode ser responsável.

“Temos sinais inicias de um aumento da pandemia”, disse.

A Cidade do México, a maior metrópole do país, alertou que restrições mais rigorosas podem estar a caminho se a tendência de alta das hospitalizações persistir na ampla capital.

(Por Raul Cortes e Anthony Esposito; reportagem adicional de Lizbeth Diaz e Daina Beth Solomon)

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21 out 2020, às 12h00. Atualizado às 12h01.
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