Namorado de fisiculturista Renata Muggiati é transferido para Complexo Médico Penal, em Pinhais

Raphael Suss Marques é o principal suspeito da morte da musa fitness. Ele foi preso no início da noite da última sexta-feira (25).

O médico endocrinologista, Raphael Suss Marques, namorado da fisiculturista Renata Muggiati, foi transferido na manhã deste sábado (26) para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O médico é o principal suspeito da morte da musa fitness e foi preso na noite da última sexta-feira (25) após laudos apontarem que Renata foi asfixiada antes de cair do prédio onde morava com o companheiro, no 31° andar de um edifício no Centro de Curitiba.

Renata Muggiati, que era campeã paranaense, sul-americana e brasileira de Body Fitness IFBB, morreu na madrugada do dia 12 de setembro. Inicialmente o caso da morte da fisiculturista foi tratado pela Polícia Civil como suicídio. Devido a uma série de reclamações e denúncias, inclusive de amigos da atleta, de que ela teria um relacionamento conturbado com o namorado e que sofria violência doméstica, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) passou a investigar o caso.

Ao chegar à delegacia, na noite de sexta, Raphael negou que tenha asfixiado e jogado o corpo da namorada do prédio, como apontam as investigações da polícia. Em seu depoimento, ele garantiu que apenas o casal estava no apartamento na madrugada em que Renata morreu.

Marques relatou à Polícia que Renata vinha sofrendo de depressão e que já havia tentado suicídio. Na mesma noite da morte, o casal teve uma discussão, relatada por vizinhos e confirmada pelo próprio Raphael em depoimento à polícia, e Renata teria tentado se jogar pela janela duas vezes. Segundo o médico, nas duas primeiras tentativas, ele conseguiu impedir, mas na terceira vez estava do outro lado do apartamento e não teve tempo de chegar até a janela.

De acordo com o diretor geral do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba, Carlos Alberto Peixoto Baptista, os laudos mostram claramente que Renata foi asfixiada por mais de 1 minuto e meio e teve uma fratura no osso hioide, que fica na parte anterior do pescoço.

A polícia ainda não descarta nenhuma das hipóteses: suicídio, homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e indução ao suicídio. Segundo o secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, a nova prova constatada no laudo levou a polícia a pedir a prisão temporária de 30 dias de Raphael.

Defesa

O advogado de defesa do médico, Arlindo Fernandes Junior, disse neste sábado que não comentar a prisão do cliente. Fernandes Junior também relatou que pode deixar o caso, já que o pai de Raphael teria pedido pela troca dos advogados que defendem o filho.

26 set 2015, às 00h00.
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