Por Guy Faulconbridge e Michael Holden

LONDRES (Reuters) – O Reino Unido disse nesta segunda-feira que a variante Ômicron do coronavírus está se disseminando em um “ritmo fenomenal”, que no momento representa cerca de 40% das infecções de Londres, e que as pessoas deveriam receber uma vacina de reforço, já que as que receberam duas doses ainda estão vulneráveis.

O primeiro-ministro Boris Johnson impôs restrições mais duras desde que os primeiros casos da Ômicron foram detectados no país em 27 de novembro, e no domingo disse aos compatriotas que uma “onda gigante” de Ômicron está chegando.

O Reino Unido diz que, a menos que ações sejam adotadas, pode haver um milhão de pessoas infectadas com a Ômicron até o final do mês.

“Ela está se disseminando em um ritmo fenomenal, algo que nunca vimos antes, está dobrando as infecções a cada dois ou três dias”, disse o secretário de Saúde, Sajid Javid, à rede Sky News.

“Isto significa que estamos encarando uma onda gigante de infecções, mais uma vez estamos em uma corrida entre a vacina e o vírus.”

Johnson, que enfrenta uma rebelião no próprio partido por causa das medidas de contenção da Ômicron e uma revolta resultante de supostas festas em seu gabinete em Downing Street durante os lockdowns do ano passado, disse que as pessoas deveriam correr para receber vacinas de reforço para proteger “nossas liberdades e nosso estilo de vida”.

Depois que a Covid-19 foi detectada pela primeira vez na China no final de 2019, ele foi criticado por resistir inicialmente aos lockdowns.

Ele também é criticado por erros na transferência de pacientes para casas de repouso e por montar um esquema de exames e rastreamento caro que não foi capaz de deter uma segunda onda mortal.

Johnson repete que, embora erros tenham sido cometidos, o governo está tomando decisões em ritmo acelerado durante a maior crise de saúde pública em gerações e que foi rápido na distribuição de vacinas.

E seus problemas não param por aí. Uma pesquisa Ipsos Mori para o jornal London Evening Standard mostrou que o opositor trabalhista, Keir Starmer, aparece 13 pontos percentuais à frente de Johnson, a primeira vez em que um líder dos trabalhistas é visto como um premiê mais capaz desde 2008.

Em todo o mundo, a Covid já matou 5,3 milhões de pessoas, eliminou trilhões de dólares de produção econômica e virou a vida cotidiana do avesso para muitas pessoas. No Reino Unido, mais de 146 mil pessoas já perderam a vida para a Covid.

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13 dez 2021, às 08h55. Atualizado às 08h56.
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