Operação Lava Jato e as fronteiras da corrupção

OPINIÃO RIC é um espaço no qual o Grupo expressa seus pontos de vista sobre temas relevantes ao estado e ao país. A RIC acredita que este posicionamento reforça sua missão, que é a de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Paraná. O Editorial é apresentado às quartas-feiras por Alessandra Consoli no RIC Notícias, sendo reproduzido nos demais veículos do Grupo.

O editorial desta semana aborda os desdobramentos da Operação Lava Jato.

Operação Lava Jato e as fronteiras da corrupção

A cada novo depoimento, a Operação Lava Jato vai se desenhando o maior escândalo de corrupção descoberto no Brasil.

Com um diferencial: desta vez os corruptores estão na linha de tiro.

Trata-se de um avanço importante.

O cipoal de irregularidades ficará ainda maior quando se revelarem os políticos envolvidos no esquema.

Estima-se que passem de 70, cujos processos tocados pelo juiz Sérgio Moro estão sendo encaminhados ao Supremo Tribunal Federal, já que político no Brasil goza de fórum privilegiado.

Trabalhando apenas em benefício de si mesmos, corruptos e corruptores causam um prejuízo gigantesco ao país.

Um simples gerente – um cargo menor, portanto – do esquema se comprometeu a devolver a bagatela de 270 milhões de reais que recebeu em propina.

É dinheiro suficiente para construir 900 unidades básicas de saúde, para ficarmos num exemplo didático.

Todos os agentes públicos envolvidos ocupam ou ocupavam cargos cuja premissa é zelar pelo patrimônio que é de todos.

A Lava Jato demonstra que no lugar disso instalou-se um esquema espúrio e sistêmico, entranhado na maior empresa do país.

É preciso que ao fim deste caso tenhamos punições exemplares e ações que protejam o bem público da voracidade de bandidos, estejam eles instalados no setor privado ou nas salas de Brasília.

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Veja o editorial no RIC Notícias

19 nov 2014, às 00h00.
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