Dia dos pais: vem conhecer quem são os paizões do reino animal
Hoje em dia as coisas mudaram muito [ainda bem] e boa parte dos homens participa efetivamente da paternidade. Mas nem sempre foi assim. Ao longo da história, a sociedade atribui às mulheres o papel de cuidadora. Na natureza, as coisas são diferentes e algumas espécies de machos são verdadeiros paizões desde que o mundo é mundo.
Há comportamentos clássicos, muito difundidos, como os dos pinguins-imperadores e dos cavalos-marinhos. Outros pouco conhecidos, como as emas e alguns anfíbios. Por isso, separamos alguns dos “paizões do mundo animal” para deixarmos mais leve e inspirador este domingo (9) de Dia dos Pais.
Neste Dia dos Pais, veja alguns dos paizões do reino animal
Cavalo-marinho: elegante e monogâmico, faz tudo para agradar a companheira, paizão reconhecido. Tanto que carrega os ovos na própria barriga, transferidos pela fêmea, com volume que pode variar entre 50 e 1.500 filhotes conforme a espécie. A gestação dura de duas a quatro semanas e nesse período permanece preso por sua cauda em corais e plantas marinhas.
Pinguim-imperador: outro paizão respeitado é o pinguim-imperador (Pinguinus impennis). Depois que a fêmea bota o ovo, ele assume todo o trabalho. Mantém o ovo aquecido por cerca de dois meses até o momento da eclosão (missão árdua considerando a temperatura em que vivem!) e alimenta os filhotes após o nascimento. Tudo isso para permitir que a fêmea recupere suas reservas nutricionais se alimentando livremente no mar. Somente passado esse período inicial de cuidados intensos, eles retomam sua rotina normal.
Sagui: os saguis (Callithrix) são extremamente dedicados à família. Como o filhote é grande, normalmente nascendo com 25% do peso da mãe, a gestação e o parto são muito desgastantes. No nascimento, o macho atua como “parteiro”, mordendo o cordão umbilical e limpando a placenta. Enquanto a fêmea se recupera na floresta, ele alimenta e carrega seus filhotes nas costas. Os irmãos mais velhos também ajudam nos cuidados com os pequenos.
Sapos e rãs: aapos e rãs (anfíbios anuros) reúnem um grande número de pais dedicados. Há os que são capazes de incorporar a prole à pele das costas ou pernas, os que têm uma bolsa especial para os girinos até que cresçam e até mesmo os que os conservam na boca, recusando-se a comer até que fiquem suficientemente grandes para sobreviver por conta própria.
Ema: o macho de ema (Rhea americana) vive em grupos com até 12 fêmeas. Isso aumenta o seu trabalho, porque são responsáveis por incubar os ovos do seu grupo – podendo chegar a 60 ovos e levar cerca de 40 dias para eclodirem – e pela criação dos recém-nascidos.
Fundamental a todos, como lembra o coordenador de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário, Robson Capretz, é que essas famílias contem com habitats protegidos e equilibrados para que garantam a preservação das espécies.
“Todas as espécies de fauna e flora dependem de biomas e habitats protegidos e conservados para que se desenvolvam e aumentem suas populações”.
Segundo o especialista, não podemos intervir no habitat destes bichos. “A intervenção humana, quando não respeita os limites da natureza, nesses espaços aumenta os riscos sobre as espécies. A conscientização da importância da preservação é o caminho para dar segurança à fauna e à flora”, avalia Capretz.