Polícia identifica mandante do assassinato da Miss Altônia e empresário

Bruna morreu de graça, segundo delegado. (Foto: Reprodução/Facebook)

Dados, documentos e provas estão sendo reunidos para que a prisão do suspeito, chefe de uma quadrilha de traficantes de drogas e armas, possa ser solicitada

*Com informações do Umuarama News

Vinte dias depois do crime que chocou Altônia, no noroeste do Paraná, a Polícia Civil identificou o mandante do assassinato do empresário Valdir Brito Feitosa, de 31 anos, e da Miss Altônia Bruna Zucco, de 21 anos, ocorrido em 22 de março. O suspeito é chefe de uma quadrilha de traficantes de drogas e armas que atua na região de fronteira com o Paraguai.

A região é muito disputada entre traficantes e contrabandistas de cigarro, que brigam pelos melhores lugares para realizar suas atividades. “Realmente, a motivação do crime que matou o Valdir e a Bruna Zucco tem uma estreita ligação com aquelas atividades ilícitas praticadas na fronteira, entre os traficantes de drogas e armas e os contrabandistas de cigarro. Existe uma animosidade entre eles porque uns entregam os outros, porque uns prejudicam o trabalho dos outros”, afirma Osnildo Carneiro Lemes, delegado-chefe da Polícia Civil de Umuarama e colaborador da força tarefa que investiga as duas execuções.

Investigação

Uma terceira morte ocorrida na noite do dia 21 de março ajudou a polícia chegar ao mandante do crime.

Em entrevista exclusiva ao Umuarama News, Osnildo contou que Tiago Alexandre Petinati, de 29 anos, que seria traficante de drogas e armas, foi encontrado morto, com vários tiros de pistola 9 milímetros, por volta das 19h, na rua Duque de Caxias, em Altônia, e já foi estabelecido um elo de ligação entre as três execuções. Para os investigadores, quem mandou matar Valdir foi o chefe de Tiago. “Nós estamos apurando quem era o patrão dele, porque o Tiago era muito pé-de-chinelo para ser o dono da boca. Esse patrão é o ponto chave da questão”, afirma o delegado.

Osnildo ainda contou que a polícia está apenas reunindo dados, documentos e provas técnicas para pedir a prisão do suspeito e que existem indícios fortes sobre sua atuação e identidade.

“Como o Tiago, que mexia com o tráfico, foi morto. Veio a represália em seguida, achando que quem matou o traficante foi o contrabandista de cigarro e aí, mataram o Valdir”, contou durante a entrevista. Ainda de acordo com Osnildo, o empresário não tinha nenhuma ligação com a morte do traficante.

Valdir Brito Feitosa

Bruna e Valdir tiveram suas mortes confirmadas por exames de DNA. (Foto: Montagem/Facebook)

Segundo as investigações da polícia, foi descoberto que a principal atividade de Valdir era o contrabando de cigarros. A tabacaria e casa de shows seriam apenas um negócio de fachada.  “O patrão do Tiago é quem mandou executar o Valdir seu verdadeiro desafeto. A Bruna morreu de graça, ela estava com o cara errado, na hora errada e no lugar errado”, Osnildo fez questão de ressaltar.

O crime

Devido ao estado dos corpos foi necessário a realização de exames de DNA. (Foto: Marcelo Tavares/Rádio Rainha)

Os corpos de Valdir e Bruna foram encontrados completamente carbonizados na manhã do dia 22 de março, na caçamba da picape do empresário, em uma estrada rural de Altônia. As identidades só foram confirmadas no dia 9 de abril depois que saíram os resultados dos exames de DNA. Ambos foram liberados para as famílias, velados e sepultados apenas nesta terça-feira (10).

Assista à entrevista completa concedida ao Umuarama News:

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11 abr 2018, às 00h00. Atualizado em: 16 mar 2022 às 12h50.
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