Por Rami Amichay e Ali Sawafta

SHAAR BINYAMIN, Cisjordânia (Reuters) – Mike Pompeo se tornou nesta quinta-feira o primeiro secretário de Estado norte-americano a visitar um assentamento israelense na Cisjordânia e as Colinas de Golã, uma demonstração de solidariedade que levou palestinos a acusá-lo de ajudar a consolidar o controle de Israel sobre territórios ocupados.

As viagens de Pompeo aconteceram durante a etapa israelense do que pode ser sua última turnê pelo Oriente Médio nos últimos meses do governo do presidente Donald Trump.

Trump encantou Israel em 2019 ao reconhecer sua reivindicação de soberania sobre a área das Colinas de Golã, que Israel capturou da Síria em uma guerra em 1967 e mais tarde anexou, uma medida que não foi reconhecida pela maior parte da comunidade internacional.

No ano passado, Pompeo, um cristão evangélico, rompeu décadas de tradição da política externa norte-americana ao anunciar que os Estados Unidos de Trump não veem mais os assentamentos israelenses na Cisjordânia como “incompatíveis com a lei internacional”.

Estas e outras decisão foram recebidas com desalento pelos palestinos, que boicotaram a administração Trump durante quase três anos acusando-o de se inclinar a favor de Israel.

Os palestinos indicaram que retomarão as relações normais com Washington assim que o presidente eleito, Joe Biden, tomar posse, o que foi visto por muitos como um gesto de boa vontade com seu governo futuro.

Mas não está claro quantas das decisões de Trump serão revertidas por uma gestão Biden.]

(Reportagem adicional de Ali Sawafta em Ramallah, Maayan Lubell, Dan Williams e Jeffrey Heller em Jerusalém)

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19 nov 2020, às 15h25. Atualizado às 15h26.
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