por Redação RIC.com.br
com informações do UOL

O professor Luiz Carlos Gomes de Oliveira, de 61 anos, usava uma camiseta com dizeres contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), quando afirma que foi impedido de tomar a segunda dose em um quartel do Corpo de Bombeiros, na última segunda-feira (12), na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

A camisa dizia:

“A segunda dose da vacina nos livra da covid-19. O que nos livrará do Bolsovírus será o impeachment ou seu voto em 2022”

De acordo com o relato do professor e de sua esposa, Dirlene Oliveira, de 61 anos, que também usava o mesmo modelo da camiseta, eles estavam na fila quando foram avisados por um soldado que o comandante não permitiria a vacinação de ninguém que estivesse com cartazes ou camisetas com mensagens políticas.

“O soldado foi super gentil e educado, estava cumprindo ordens. Eu apenas pensei: ‘Se eu estivesse falando bem do Bolsonaro, poderia entrar?'”, contou Luiz ao UOL.

Luiz conta que virou a camisa do avesso e Dirlene retirou a sua e ficou vestida com uma camiseta neutra, que já usava por baixo da roupa de protesto.

“Me senti na adolescência, quando vivemos na ditadura. Naquela época, a censura era extremamente violenta e as liberdades completamente cerceadas. Foi uma volta negativa no tempo e uma violação dos nossos direitos”, contou Luiz, que leciona história na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro.

O quartel foi procurado pela reportagem da UOL, mas não se pronunciou sobre o caso.

13 jul 2021, às 09h37.
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