Professores estaduais decidem manter greve em todo o Paraná
Categoria definiu a continuidade da paralisação durante assembleia na Vila Capanema
Os professores do Paraná decidiram manter a greve na rede estadual de ensino em todo o Estado. A decisão aconteceu na assembleia geral da categoria, realizada na tarde desta terça-feira (5) no estádio da Vila Capanema, em Curitiba. Milhares de servidores participaram do encontro.
De acordo com a APP Sindicato, a falta de uma proposta oficial do Governo do Paraná sobre o reajuste salarial da categoria, além da repressão violenta da polícia militar contra o protesto dos professores, no último dia 29 de abril, motivou a decisão. Agora, o objetivo da categoria é anular a sessão da Assembleia Legislativa que aprovou o projeto de lei que altera a Paranaprevidência.
A App-Sindicato vai procurar o Ministério da Previdência e a Procuradoria-Geral da União afim de contestar judicialmente a sessão e questionar a constitucionalidade da lei que alterou a previdência social do funcionalismo público do Estado.
Manifestação
Aproximadamente 15 mil pessoas se concentraram no começo da tarde de hoje, em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, para protestar contra a repressão da Polícia Militar nas manifestações realizadas na última quarta-feira (29). A grande maioria dos manifestantes era de professores estaduais.
Governo lamenta
Em nota, o governo estadual lamenta a manutenção da greve e afirma ter cumprido com todos os itens acordados em março (última greve), como quitações de pagamentos e obediência às normas para cálculo de alunos em sala.
Além do cumprimento do acordo firmado ao fim da primeira greve, o governo afirma avanços concedidos aos profissionais da educação nos últimos quatro anos: aumento de 60% nos salários da categoria; aumento de 75% na hora-atividade; e a aplicação de 37% das receitas estaduais no sistema de ensino do Estado.
