por Redação RIC.com.br
Com informações do Estadão

A rede de restaurantes Madero demitiu mais de 600 funcionários nesta quarta-feira (1), segundo o empresário Junior Durski. O responsável pela empresa explicou ao Estadão que as demissões se concentraram nas equipes que pertenciam aos projetos de expansão da rede, que tinha previsão de abrir mais 65 unidades ainda neste ano. Recentemente, Junior Durski gerou polêmica ao falar sobre as mortes que a pandemia de coronavírus pode provocar no país.

A crise, provocada pelo vírus, vai fazer com que sejam canceladas várias (se não todas) as inaugurações do Madero. Entre as áreas afetadas pelas demissões estão a de engenharia e a de arquitetura. Nessas duas áreas foram demitidas cerca de 15 pessoas, entre executivos, engenheiros e arquitetos.

Já os outros demitidos, conforme o empresário, a maior parte já estava em período de treinamento, em restaurantes já em funcionamento. Elas, posteriormente, seriam alocadas para funções de atendimento, cozinha e limpeza nas unidades que a empresa ainda abriria.

Sem novas demissões

Em vídeo divulgado na semana passada, no entanto, o empresário tinha afirmado que iria manter o emprego dos 8 mil funcionários que a rede tinha antes dos cortes realizados nesta quarta-feira. Ele havia dito que tinha caixa para passar até seis meses com as portas fechadas.

“Não sabemos quanto tempo vai durar esse período de lojas fechadas – se vai ser mais um mês ou dois”, disse Durski ao Estadão. “Tínhamos 8 mil funcionários (antes da decisão de realizar essas demissões). Fizemos isso para preservar os demais colaboradores“, explicou. O RIC Mais tentou contato com assessoria de imprensa do Madero e aguarda posicionamento.

Polêmica na internet

Junior Durski, que é um dos empresários com a imagem mais ligada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), causou polêmica ao defender, nas redes sociais, o fim do isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em um post nas redes sociais, o empresário disse que estava preocupado com os efeitos da quarentena na economia do Brasil, mas o trecho “agora vão morrer 5 mil pessoas por coronavírus que nós não podemos evitar. Não tem como fechar tudo, se esconder do inimigo e não trabalhar”, causou revolta.

Depois que as pessoas começaram a se manifestar, ele se desculpou em outro vídeo e disse que foi mal interpretado. Os vídeos provocaram muita revolta entre os usuários das redes sociais, que chegaram até mesmo a manifestar interesse em parar de frequentar os restaurantes de Junior Durski após a pandemia passar. Veja os dois vídeos postados pelo empresário:

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É o que teremos em 2021 se não parar este LOCKDOWN INSANO. Vão morrer 300,400, 500 MIL PESSOAS nos próximos 2 anos no Brasil em consequência do dano econômico causado pelo LOCKDOWN. @kethlendurski @maderobrasil @jeronimoburger @rafael_o_mello @gmunaretto @ricardo__fernandes @rvalverde73 @laysadurski @maydurski

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Por favor, me desculpem se fui mal interpretado! @kethlendurski @laysadurski @maydurski @rafael_o_mello @gmunaretto @rvalverde73

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2 abr 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 14h49.
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