por Daniela Borsuk
com Guilherme Becker

Pela primeira vez desde o início da crise hídrica no Paraná, que começou em março de 2020, os reservatórios da Sanepar em Curitiba atingiram mais de 50% da capacidade. Nesta quarta-feira (3), o Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba (SAIC) registra 53,92% nos reservatórios. 

A expectativa é de que o rodízio no abastecimento na capital paranaense comece a ser reavaliado quando os reservatórios chegarem a 60% da capacidade, valor considerado seguro. “O índice de 60% é o nível que nos permite avaliar novas medidas. A Sanepar tem que trabalhar com cautela. O rodízio não é um castigo. É uma medida necessária para armazenar água e fazer frente a períodos sem chuvas”, explicou Hudson José, Diretor de Comunicação e Marketing da Sanepar. 

“Chegando a 60% vamos avaliar as informações meteorológicas, se há perspectiva de chuva para os períodos futuros, e se podemos fazer ajustes no modelo atual”.

Afirmou Hudson José. 

Ainda conforme Hudson José, mesmo com o bom nível nos reservatórios, fevereiro não é considerado um mês com chuvas significativas. “Apesar de toda a chuva dos últimos dias, no Litoral, em Curitiba e Região Metropolitana, tivemos um fevereiro ruim, com anomalias negativas da ordem de -70% considerando os históricos dos últimos anos. Esses são dados do Simepar”. 

Na segunda-feira (1º), a Sanepar pediu para que os moradores da capital continuem com a economia de água, já que choveu menos do que o esperado para o segundo mês do ano. O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) apontou que a precipitação acumulada em dez pontos diferentes do Paraná foi de 772,4 milímetros (mm). O índice é 44,5% menor do que a média histórica para o período, estimada em 1.734,9 mm no acumulado para essas mesmas áreas.

“Por isso, o rodízio e também as ações da Sanepar para compensar a falta de chuvas, junto com o apoio da população, que aderiu às medidas de economia do Meta20, foram importantes e contribuíram sim para que melhorassem os níveis das barragens”.

Disse o Diretor de Comunicação da Sanepar. 

Assim, as medidas da Sanepar continuam para que a crise hídrica não seja ainda mais agravada. “As ações de incremento às barragens com captações emergenciais, a economia gerada pelo rodízio e também pela população no Meta20 permitiram que a Sanepar armazenasse 46,6 bilhões de litros de água, desde o início do rodízio, em março do ano passado. Esse volume foi fundamental para enfrentar a escassez hídrica e atender as quase 3,5 milhões de pessoas abastecidas pelo Sistema de Água Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC) durante 72 dias”, disse Hudson José. 

“Sem essas ações, o sistema teria colapsado em novembro, quando os indicativos apontavam para 9% apenas de reservação”.

Complementa o Diretor de Comunicação da Sanepar. 

No site da Sanepar, é possível acompanhar os níveis de cada reservatório de Curitiba.

3 mar 2021, às 13h05.
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