(Reuters) – Pela segunda vez em menos de um mês a prefeitura do Rio de Janeiro suspendeu a vacinação contra Covid-19 por falta de doses e novamente culpou a logística do Ministério da Saúde.

A Secretaria de Saúde esperava a chegada de nova remessa de vacinas, mas isso não aconteceu.

“Como as doses não foram entregues, a SMS-Rio se vê mais uma vez obrigada a suspender a aplicação de primeiras doses (D1) no município do Rio”, informou em nota a secretaria.

A vacinação fica mantida somente para adultos acima de 50 anos, pessoas com deficiência, gestantes e puérperas a partir de 18 anos. A segunda dose também está mantida nos postos da capital.

Em julho, a vacinação já tinha sido interrompida por falta de doses.

“A logística do ministério tem que ser mais ágil e mais rápida e as vacinas serem entregues em até 24 horas após o recebimento“, disse secretário Daniel Soranz.

A prefeitura alega que o Ministério da Saúde tem em estoque 5,8 milhões de doses da Pfizer; 3,4 milhões de CoronaVac e 1,1 milhão de AstraZeneca, mas a falta de uma coordenação na distribuição e logística das doses prejudica o país.

“A gente precisa acelerar a vacinação ainda mais num momento de circulação de uma nova variante; é preciso ter esse senso de urgência”, ressaltou Soranz.

A cidade do Rio cobra também que o ministério apresente um calendário de distribuição, visto que a Pfizer, a Fiocruz e o Butantan entregam as vacinas nas datas previstas em contrato.

A prefeitura já havia anunciado que iria adiar o plano de retomada das atividades na cidade por conta da circulação da variante Delta e da falta de previsibilidade na entrega de imunizantes.

A expectativa é que a campanha de vacinação seja retomada ainda esta semana.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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10 ago 2021, às 19h40. Atualizado às 19h45.
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