CARACAS (Reuters) – O vice-primeiro-ministro russo, Yuri Borísov, disse nesta terça-feira durante sua visita à Venezuela que seu país forneceu mil doses da vacina EpiVacCorona para iniciar estudos no país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A Venezuela, que recebeu cerca de 500 mil doses da vacina fabricada pela Sinopharm da China e cerca de 250 mil da russa Sputnik V, ainda não concluiu sua adesão ao sistema Covax, graças ao qual a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) disse que o país sul-americano tem reservadas entre 1,4 milhão e 2,4 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sinalizou que não aceitará as doses da AstraZeneca devido a casos raros de coágulos sanguíneos em pessoas que a receberam. Tanto a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) como a Organização Mundial da Saúde (OMS) disseram neste mês que os benefícios da vacina de AstraZeneca superam os riscos.

Borísov acrescentou durante um evento ao lado do ministro do Petróleo, Tareck El Aissami, que além das doses de EpiVacCorona também chegarão ao país outras 30 mil vacinas Sputnik V.

“A Rússia fará todo o possível para que esta dinâmica seja mantida e (o fornecimento das doses) seja ampliado progressivamente”, disse o funcionário em um ato transmitido pela televisão estatal.

Não foram dados detalhes sobre os estudos com a EpiVacCorona.

Em novembro, a Rússia começou testes em grande escala da EpiVacCorona, que está sendo desenvolvida pelo Centro de Investigação Estatal de Virologia e Biotecnologia (VECTOR), sediado na Sibéria, e garante que ela tem uma eficácia de 100%, segundo resultados de testes clínicos.

(Por Vivian Sequera)

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30 mar 2021, às 18h52. Atualizado às 18h57.
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