Rubéola, sarampo, tétano, entre outras doenças. Essas são algumas das causas da morte de dezenas de crianças entre os anos de 1950 e 1960 em Floresta, cidade localizada na região noroeste do Paraná.

Mesmo com mortes distintas, as crianças dividem algo em comum. Além dos pequenos túmulos brancos, padronizados com um metro de comprimento e enfileirados um ao lado do outro, todas as mortes poderiam ter sido evitadas apenas com a vacinação.

As crianças, na maioria recém-nascidas, estão enterradas em um pequeno cemitério às margens da PR-546. Enquanto os carros vêm e vão pela rodovia ao lado, por falta de vacinação, as 170 crianças não tiveram a mesma sorte.

Na ocasião da morte desses recém-nascidos, segundo a Secretaria de Saúde de Floresta, morriam mais crianças do que adultos no município. Com três dias, uma semana e, em alguns casos, até poucos meses, as crianças ganharam uma ala separada no cemitério.

Todas as crianças morreram por falta de vacina. Por falta dessa cultura também de estarem fazendo a vacinação. Para os pais, muitas vezes era uma coisa normal, porque não fazia parte do cotidiano, não fazia parte da rotina deles estar vacinando os filhos”, disse a secretária de vacinação de Floresta, Lidiane Maria Barbosa.

Ainda de acordo com a secretária de Saúde do município, a década de 1950 foi um período em que faltou vacina em todo o Brasil. Com a maioria dos moradores na zona rural, as vacinas dificilmente chegavam nas cidades pequenas.

Seja por falta de informação ou por falta de vacina, as dezenas de túmulos brancos avisam da importância de se vacinar, assim como as consequências da falta de vacina.

20 out 2020, às 13h04. Atualizado às 13h08.
Mostrar próximo post
Carregando