TEL AVIV (Reuters) – A Turquia libertou nesta quinta-feira um casal israelense que havia sido detido por fotografar a residência do presidente Tayyip Erdogan em Istambul e acusado de espionagem, uma alegação negada por Israel.

A libertação do casal deu ensejo à primeira conversa entre os líderes dos países em anos.

Mordi e Natali Oknin foram detidos no dia 9 de novembro. Um turco também foi preso devido a acusações de espionagem, relatou a agência estatal de notícias Anadolu.

A família do casal disse que os dois, que são motoristas da maior empresa de ônibus de Israel, estavam de férias.

O caso dos Oknins provocou um debate intenso em Israel, cujas relações com a Turquia estão tensionadas porque Erdogan defende a causa palestina.

“Obrigado a toda a nação de Israel. Obrigado a todos que ajudaram e apoiaram e conseguiram que nos libertassem”, disse Natali Oknin aos repórteres depois que ela e Mordi pousaram em Tel Aviv a bordo de um avião particular fretado.

As autoridades turcas não comentaram de imediato.

Mais tarde, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, conversou com Erdogan e gradeceu por sua ajuda para resolver o assunto. Foi a primeira conversa entre líderes da Turquia e de Israel desde 2013, de acordo com o gabinete de Bennett.

“O primeiro-ministro disse que isto é uma solução para uma questão humanitária e observou favoravelmente à comunicação entre os países, que funcionou eficiente e discretamente em um momento de crise”, disse o gabinete do premiê.

Israel enviou um diplomata graduado à Turquia para buscar a libertação do casal.

Matan Kahana, um ministro de gabinete israelense, disse que as autoridades turcas perceberam que os Oknins eram civis inocentes. Israel não deu nada à Turquia em troca da liberação do casal, acrescentou.

(Por Rami Ayyub)

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18 nov 2021, às 15h57. Atualizado às 16h01.
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