Por Michael Erman

NOVA YORK (Reuters) – A vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech parece ter funcionado contra uma importante mutação de novas variantes altamente transmissíveis do coronavírus descobertas no Reino Unido e na África do Sul, de acordo com um estudo de laboratório realizado pela farmacêutica norte-americana.

O estudo, que ainda não foi analisado por outros cientistas, foi feito pela Pfizer e pela área médica da Universidade do Texas e indicou que a vacina foi eficaz em neutralizar o vírus com a chamada mutação N501Y de sua proteína spike.

A mutação pode ser responsável por uma transmissibilidade maior e há preocupações de que também pode fazer o vírus escapar dos anticorpos neutralizantes induzidos pela vacina, disse Phil Dormitzer, um dos principais cientistas da Pfizer.

O estudo foi conduzido com amostras de sangue coletadas de pessoas que receberam a vacina. As conclusões são limitadas, porque não englobam o conjunto total de mutações encontradas.

Dormitzer disse ser encorajador que a vacina pareça ser eficaz contra a mutação, assim como contra outras 15 mutações com as quais a companhia já havia feito testes.

“Então agora testamos 16 mutações diferentes, e nenhuma delas teve realmente um impacto significativo. Essa é a boa notícia”, disse ele. “Isso não significa que a 17ª não terá.”

Dormitzer disse que outra mutação encontrada na África do Sul, chamada E484K, também é preocupante.

Os pesquisadores planejam realizar testes similares para verificar se a vacina é eficaz contra outras mutações encontradas no Reino Unido e na África do Sul e esperam ter novos dados em semanas.

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8 jan 2021, às 08h14. Atualizado às 08h15.
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