Colágeno: tudo o que você precisa saber sobre o suplemento da moda
A suplementação oral de colágeno parece ter caído no gosto dos brasileiros, seguindo uma tendência mundial. O mercado global de colágeno teve o seu tamanho avaliado em mais de USD 3 bilhões no ano de 2015 e deverá ultrapassar a marca de USD 5 bilhões até 2023, crescendo cerca de 7% ao ano de 2016 a 2023.
Porém, segundo a nutricionista Angela Federau, quando se trata de suplementação de colágeno há tantas informações desencontradas sobre o assunto que muitas vezes as pessoas não sabem ao certo em que acreditar. “Recentemente, o assunto rendeu muito em post que eu fiz no meu Instagram. Muitas pessoas entraram em contato e fizeram perguntas interessantes sobre o colágeno. Afinal, nunca se apostou tanto em um suplemento que promete retardar o envelhecimento”, conta a nutricionista.
Entre as principais dúvidas dos seguidores da Angela estão:
Quando começar a tomar colágeno?
O colágeno é uma proteína produzida pelo próprio organismo. Porém, por volta dos 30 anos, sua produção passa a diminuir, denunciando assim rugas, linhas de expressão, flacidez, desgastes e etc. “Uma forma de amenizar os sinais da idade é a suplementação, melhorando o aspecto físico e estético”, explica Angela.
Por quanto tempo é preciso tomar colágeno para obter resultados?
A quantidade diária de colágeno e a duração da suplementação varia de pessoa para pessoa. “Quanto maior a carência, mais tempo os resultados demoram a aparecer, uma vez que primeiro é feita a reposição do que faltava para depois acontecer a suplementação em si. De qualquer forma o uso contínuo deve durar, no mínimo, três meses”, recomenda a nutricionista.
Tomar colágeno engorda?
“O colágeno tem valor calórico sim, por ser uma proteína. Em 10g tem 40 kcal, considerando que cada grama de proteína tem 4 kcal. Portanto, o valor calórico não é alto. Mas em caso de controle calórico, ele precisa ser considerado”, explica Angela Federau.
Todos os tipos de colágeno são iguais?
Segundo Angela, o ponto principal é escolher o colágeno adequado, porque não são todos iguais. “Definir a dosagem necessária e ainda facilitar sua síntese e absorção com a vitamina C é fundamental. Existem, ainda, indicações de colágenos específicos para cada tecido: pele, músculos, cartilagens, tendões, ossos, etc”, afirma.
Quem pode indicar suplementação de colágeno e quem pode tomar?
A indicação correta de suplementação de colágeno deve ser feita apenas por profissionais capacitados. “Costumo não indicar as opções compradas a granel, por não saber a origem, pureza e ter pouca segurança na higiene e manipulação do produto. A indicação para crianças e adolescentes via de regra, não é necessária. Caso haja alguma necessidade, deverá ser avaliada individualmente. Além disso, gestantes e lactantes podem usar o colágeno também, porém com a prescrição de médico ou nutricionista”, alerta Angela Federau.
Suplementação de colágeno não isenta a necessidade de manter bons hábitos
Por fim, Angela afirma que os resultados de uma correta suplementação costumam ser muito bons e a resposta depende de uma série de fatores que precisam ser analisados. “O consumo e/ou suplementação de colágeno não isenta a necessidade de manter bons hábitos como uma alimentação saudável e a prática regular de atividades físicas”, finaliza.
Sobre Angela Federau
Angela Federau é nutricionista clínica (CRN-8: 5047), pós-graduada em fitoterapia aplicada à nutrição, também atua na área de nutrição funcional, oncológica e escolar. Participa como convidada de pesquisas científicas e genéticas da UFPR no mapeamento e estudo genético. É palestrante, escritora de livros, artigos e colunas em jornais e revistas. Nutricionista responsável pela APSAM – Associação Paranaense Superando a Mielomeningocele. Além disso, a nutricionista é empresária do segmento alimentício e atua como parceira da Polícia Militar do Paraná.
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