por Angelo Binder
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A humanidade já viveu muitas crises de abrangência mundial e sempre saiu mais forte de cada uma delas. A crise da vez, causada pela COVID-19, não deverá ser diferente. Provavelmente, pessoas, empresas, governos e instituições sairão mais fortes e preparados da que entraram em diversos aspectos.

Embora os primeiros momentos sejam de sofrimento, indecisões, mortes e isso tudo é muito triste. Ao redor do mundo as nações e as pessoas estão lutando para reduzir a propagação tanto do vírus em si como também a propagação das fake news e do pânico nos mercados e nas empresas. 

Muitas empresas certamente irão amargar prejuízos grandes e difíceis de recuperar. Alguns setores, como aviação civil, eventos, turismo são mais afetados que outros, mas quase toda a cadeia econômica está sofrendo. Porém, existem alguns setores da economia que podem crescer com  crise. 

De acordo com Domingos Tabosa, gerente de contas da Huawei do Brasil alguns poucos setores da economia e da tecnologia que estão sendo impulsionado pela crise atual. Além, claro, das áreas relacionadas diretamente no tratamento e contenção de epidemias.

Educação a distância

Segundo o especialista, este é outro setor que engatinha, pois ainda enfrenta dificuldades de ordem tecnológica, de legislação, cultural e até de credibilidade. Mas, no momento, em vários países as escolas presenciais estão fechadas, causando um prejuízo ainda não calculado tanto pelo atraso no calendário escolar, como pela interrupção no processo de aprendizado.

Entretanto, já existem escolas que implementaram um processo de ensino a distância para esta situação de crise. E, por mais incrível que possa parecer, ainda não existe uma ferramenta adequada para este tipo de ensino que é diferente do ensino tradicional a distância.

Para implementar o sistema de aulas remotas, denominado Programa de Aprendizado Virtual, há a necessidade que todos os alunos estejam “presentes” online e participem ativamente das aulas. Isso é diferente dos processos atuais de EAD e ainda não existem ferramentas tecnológicas no mercado que atendam este tipo de demanda. 

Por isso, de maneira improvisada, as escolas vêm utilizando plataformas de videoconferência e estão enfrentam todos os problemas decorrentes de se tentar adaptar uma ferramenta para uso diferente do que ela foi desenvolvida.

Home office

Se nos Estados Unidos o trabalho remoto é bem aceito e até incentivado por várias empresas, na China a cultura do home office é praticamente inexistente e até proibida em muitas empresas. Mesmo para funções que não dependem de presença física nos escritórios, os chineses não são, ou não eram, liberados para trabalhar a partir de casa.  

Entre estes dois extremos estão os outros países e empresas, cada um com maior ou menor apoio ao home office. Entretanto, nesse momento, a necessidade de isolamento sem perda de produtividade, aponta para o home office como a solução para mais adequada.

Esta é uma área repleta de ferramentas como as plataformas BYOD, softwares e aplicativos para videoconferências, controle de ponto remoto e diversas outras ferramentas que garantem produtividade e segurança da informação. 

Após a crise, Domingos prevê que esta modalidade de trabalho, deverá receber um grande impulso em empresas de todos os setores da economia. 

Comércio eletrônico

O comércio eletrônico cresce em velocidade diferente nos diversos mercados e regiões geográficas. Com a situação atual, o comércio eletrônico deve substituir a ida às lojas, shoppings e supermercados, com mais intensidade. Graças a esta crise, este comportamento deve se espalhar pelo resto do planeta. 

“Acredito que, depois da crise, muita pessoas adotem esta modalidade de compra de forma mais usual no seu dia a dia. O comércio eletrônico na China é bem forte, compra-se quase tudo nos sites ou aplicativos”, afirma Tabosa.. 

Teremos um mundo diferente pela frente? 

As mudanças na maneira de aprender, trabalhar, comunicar e se relacionar tem um grau contínuo de evolução. ”De tempos em tempos, somos forçados a acelerar processos, alterar métodos, desenvolver novas ferramentas de maneiras de fazer as coisas. É desta forma que a humanidade tem evoluído ao longos dos séculos. A grande certeza é que se sobrevivemos no passado, sobreviveremos agora e nos desafios futuros, além de continuarmos evoluindo como espécie por vários séculos mais” sintetiza Domingos Tabosa, executivo da Huawei no Brasil. 

Sobre Domingos Tabosa 

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foto divulgação

Domingos Tabosa atua como Gerente de Contas Sênior na Huawei do Brasil, anteriormente atuou na área comercial e gestão de projetos internacionais sempre em empresas multinacionais tais como: AT&T, Lucent, Furukawa, Nortel e Huawei. Mais de oito anos na Huawei foi responsável pelo desenvolvimento da empresa na região sul do Brasil, contribuiu, de forma importante, para o crescimento do faturamento em mais de 10 vezes entre 2011 e 2019. Na empresa anterior, Nortel, participou da implantação da área de venda de serviços em toda a região da América Latina.

18 mar 2020, às 00h00.
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