Prestes a chegar a 1 milhão de casos confirmados de Covid-19, o Paraná não deverá entrar em lockdown, mas terá medidas de segurança mais severas. 

Na quarta-feira (12), em entrevista coletiva, o governador do estado, Ratinho Júnior (PSD), não descartou a possibilidade do fechamento total das cidades. Já nesta sexta (14), em visita à Londrina, ele informou que tem intenção de aplicar restrições de forma mínima. 

O governador usou o termo “acupuntura” para explicar as próximas decisões: como regiões específicas do estado estão com aumento de casos, não será necessário, segundo ele, que o estado inteiro entre em lockdown. Nessas regiões com dados mais graves, o governo deve intervir e instaurar medidas mais severas de funcionamento. 

Compra de vacinas

Em declaração no Balanço Geral Londrina, o governador explicou que existe um fundo de R$ 250 milhões para a compra de imunizantes contra a Covid-19. 

A intenção dos laboratórios é vender diretamente ao Ministério da Saúde. Caso não haja essa negociação, é liberado para os estados do país. Até o momento, este cenário não aconteceu, mas Ratinho Jr. garantiu que é possível fazer a compra, se for ofertado. 

Investimentos

Ratinho Júnior também divulgou os próximos investimentos na cidade, que somam mais de R$ 18 milhões. De acordo com ele, a intenção é “descentralizar” a saúde de Curitiba, potencializando hospitais de outras regiões. Confira os investimentos anunciados:

  • R$ 3,5 milhões para construção do restaurante popular da zona norte; 
  • R$ 1 milhão para reforma da enfermaria do Hospital da Zona Norte (HZN); 
  • liberação de R$ 330 mil em investimentos para a Universidade Estadual de Londrina (UEL); 
  • R$ 3 milhões para pavimentação das entradas de acesso aos distritos de Paiquerê e Maravilha, e na PR-445 próximo ao pool de combustíveis, entre Cambé e Londrina; 
  • R$ 5 milhões para pavimentação e melhorias na Ceasa de Londrina; 
  • R$ 6 milhões para construção de um condomínio de idosos. 

O projeto do condomínio de idosos também foi anunciado para Arapongas (PR). A ideia, conforme o governo, é construir nas duas cidades prédios, com 40 moradias cada um, que abriguem pessoas com mais de 60 anos. Ainda serão oferecidos serviços de saúde 24 horas, segurança, ambulatório básico, horta comunitária, academia ao ar livre, piscina para hidroginástica, salão de festas e quiosques de jogos. Chamado de “Condomínio do Idoso”, fará parte da modalidade Viver Mais Paraná, programa estadual de habitação voltado ao atendimento de idosos com renda de um a seis salários mínimos. No total, serão 20 condomínios espalhados pelo Paraná.

Também serão investidos, em média, R$ 90 milhões na construção de casas populares, em parceria do governo com a construtora Pacaembu. Por ser uma iniciativa público-privada, o valor é aproximado desta soma de verbas. O empreendimento será financiado pela Caixa Econômica Federal com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Faz parte de uma série de investimentos planejados pela empresa paulista, totalizando cerca de 9 mil unidades habitacionais no Paraná até o fim de 2022.

Indústria em Rolândia

(Foto: Jonathan Campos/AEN)

Durante a visita à Rolândia, ainda na manhã desta sexta (14), o governador confirmou o investimento de R$ 1,8 bilhão na construção de uma fábrica da JBS. Quando concluída, será a maior fábrica de empanados do mundo. Serão gerados cerca de 2,6 mil novos empregos diretos.

A nova unidade, que já está em fase inicial de construção, ficara anexa à atual. Também será feita a expansão de turno e modernização da unidade de aves da Seara na cidade.

Com o investimento na unidade, que terá bandeira da Seara, deverá ser aberto espaço para 150 novas parcerias com integrados. Atualmente, a unidade de Rolândia emprega 3.700 colaboradores diretos, além de 390 integrados. A obra de expansão já está sendo realizada, e a expectativa é de conclusão no final de 2022. A expectativa é de alcançar 1.000 toneladas de produção por dia.

14 maio 2021, às 15h34. Atualizado às 15h35.
Mostrar próximo post
Carregando