por Carol Machado
da equipe de estágio sob supervisão de Guilherme Barchik com informações da RIC RECORD TV

A cidade de Cascavel, região oeste do Paraná, está sem equipamentos para o tratamento de pacientes com covid-19. Agora, os hospitais contam com ajuda de clínicas veterinárias e do zoológico para fornecer os equipamentos necessários.

De acordo com informações da RIC RECORD TV, Cascavel já atingiu a capacidade de 100% dos leitos de UTI. Ao todo são 112 pacientes aguardando uma vaga na UTI ou de enfermaria no município.

A situação na cidade já dura alguns dias e dois respiradores já haviam sido emprestados do Samu para atender pacientes com a doença.

As bombas de infusão foram emprestadas do zoológico. São nove equipamentos emprestados que estão sendo utilizados para atender a população. A máquina faz o processo de injetar a medicação no paciente, na bomba é possível administrar até seis medicamentos diferentes.

O médico Lisias Tomé responsável pelo Hospital Retaguarda de Cascavel, em entrevista ao programa Paraná no Ar, desabafou sobre a situação

“É uma situação de exceção que viemos na pandemia. E situações de guerra como esta que vivemos, nós temos algumas situações ou a gente senta na cadeira e fica esperando assistindo as pessoas morrerem ou acha saídas que possam ajudar”

Tomé explicou que a falta dos equipamentos é devido a demora da indústria para fornecer o material

“Estávamos sem, pois a indústria nos deu um prazo mínimo de 15 dias para entregar e não podemos esperar, então tive a ideia de ligar para o zoológico de Cascavel pedindo as bombas de infusão”

O médico ainda tranquiliza a população dizendo que o equipamento é o mesmo usando em humanos e não causa nenhum problema à saúde.

A falta de equipamentos também afeta os profissionais da área. Um procedimento que poderia ser feito por meio de máquinas está tendo que ser feito manualmente, como a ventilação do paciente. Isso faz com que um médico consiga atender apenas um paciente por vez.

“Estamos numa situação que a gente não sabe o que fazer” desabafou Tomé

O médico ainda falou sobre a situação dos profissionais da saúde, que também são afetados pela situação.

“Todo mundo está no limite porque estão fazendo muita hora extra. Quando as equipes não estão doentes elas estão muito cansadas. Mas, isso a gente supera, isso não é problema para nós, o que mais nos dói é ver um paciente que precisa, que vai morrer do nosso lado porque não tem a vaga, não tem o ventilador, isso é o que está nos angustiando muito os profissionais da área da saúde”.

finalizou o médico

Confira a matéria completa:

Reprodução RIC RECORD TV

1 mar 2021, às 08h04. Atualizado às 08h45.
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