por Redação RIC.com.br
com informações da CMC, com supervisão de Guilherme Becker

Municípios estarem mais adiantados que Curitiba na campanha de vacinação contra a covid-19, segundo o governo do Paraná, se deve à distribuição e respeitar a proporcionalidade dos grupos prioritários em cada cidade. Foi essa a explicação que a comitiva da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), no último dia 16 de junho, ouviu do diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Nelson Werner Júnior. A Sesa foi oficiada pela CMC em maio, com questionamentos sobre a distribuição das vacinas

À frente da comitiva, Alexandre Leprevost (SD), vice-presidente da CMC, informou ao plenário o teor da reunião, na qual Werner explicou que, em algumas dessas cidades, “houve baixa procura nos grupos prioritários, daí as sobras foram remanejadas e eles avançaram [na imunização da população]”. A disparidade aumentou com alguns desses municípios utilizando a reserva da segunda dose para a primeira aplicação, conforme orientação do Ministério da Saúde que não foi adotada uniformemente no Paraná. “A tendência é que os números se equiparem”, disse Leprevost.

Noemia Rocha (MDB), que é a presidente da Comissão de Saúde, Amália Tortato (Novo) e Pastor Marciano Alves (Republicanos) acompanharam Leprevost na reunião. “A falta de diálogo entre as secretarias [estadual e municipal] reflete na população e isso me preocupa muito, pois na guerra de Poderes quem sofre é a população”, avaliou Noemia Rocha, após tecer elogios ao diretor-geral da Sesa, em quem viu um quadro técnico.

Mostrando-se convencida pela argumentação da Sesa, Amália Tortato sugeriu que a SMS, ao negociar doses com o governo estadual, pondere que a capital está imunizando moradores da região metropolitana. Também pediu que haja mais campanhas informativas sobre a vacinação, “pois há pessoas com comorbidades que não sabem que a sua doença se enquadra no rol das prioridades”. Elogiando a movimentação da CMC, Pier Petruzziello (PTB), que é líder do governo no Legislativo, repetiu que “quando tem vacina, Curitiba vacina”.

Fachinello registrou pedido de informação oficial questionando a Sesa sobre o “porquê de 191 municípios paranaenses receberem mais doses de vacinas que o município de Curitiba, em números proporcionais às populações de cada cidade aptas à imunização?”. Outro questionamento, de Carol Dartora (PT), pergunta à Sesa dados sobre os imunizantes e quantas doses da Pfizer foram destinadas à capital .

“Foram 500 mil sonhos interrompidos. Tenho certeza que todos perderam alguém [para a covid-19]”, comentou Amália Tortato, queixando do papel do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia no Brasil.

“[Ele] tem uma comunicação desalinhada da ciência, que desinforma, que promoveu tratamento que não funciona, desincentivou o uso de máscaras e incentivou aglomeração. Conheço pessoas deixando de se vacinarem por conta da postura do presidente”.

Desabafou Amália Tortato

Herivelto Oliveira lembrou que, nas 500 mil famílias atingidas pela pandemia, há 30 mil paranaenses e 6 mil curitibanos que perderam a vida. Após se mostrar sensibilizado e se solidarizar com as vítimas, o vereador fez um pedido para as pessoas redobrarem os cuidados. “Ainda não temos uma redução significativa no número de casos [com a vacinação]. Quero fazer um apelo aos jovens. Até setembro, ninguém está seguro”, disse, referindo-se ao prazo dado pelo governador Ratinho Júnior para a aplicação da primeira dose em toda a população adulta.

Solenemente, ao final da sessão, o presidente da CMC, Tico Kuzma (Pros), dedicou um minuto de silêncio aos 500 mil pessoas que faleceram em decorrência da covid-19 no Brasil desde o início da pandemia.

22 jun 2021, às 10h56.
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