"Eu sinto a dor da família", diz motoboy suspeito de matar dono de Hot Dog
Defesa disse que o caso deve ser tratado pela justiça como uma fatalidade
O suspeito de ter causado a morte do dono de um tradicional hot dog de Curitiba após ser empurrado, conversou com exclusividade pela primeira vez com a RICtv nesta sexta-feira (24). O desentendimento aconteceu no estabelecimento, no bairro Uberaba, no último domingo (19).
“A todo momento eu quero acreditar que isso é um pesadelo. Eu só trabalhei a minha vida inteira, eu nunca fiz nada de errado”, relatou o motoboy.
Segundo o relato de Diego, ele estava voltando da terceira entrega quando o dono do estabelecimento foi abordar ele questionando sobre o troco. Ele tentou contar o que havia acontecido, mas Antônio Gregório de Almeida não teria escutando. O motoboy ainda disse que o patrão segurou na gola da camiseta, e ao tentar afastar, ele acabou se desequilibrando.
“Eu não estava acreditando que aquilo estava acontecendo. Eu já abaixei para tentar ajudar. Aí eu comecei a gritar para mais gente vir ajudar, veio bastante gente. Eu fiquei com a cabeça dele no meu braço. Eu queria que ele me respondesse, porque eu ficava gritando ‘seu Antônio, fala comigo’.”
Motoboy trabalhava no hot dog há quatro anos
Diego trabalhava com a família há pelo menos quatro anos e relatou que seu Antônio era um patrão enérgico com funcionários, mas que nunca imaginou que pudesse passar por isso.
“Todo mundo que trabalha e trabalhou no Esquina Dog sabe que quando ele bebia, ele queria arrumar problema com alguém, e aí a gente ficava lutando para se afastar.”
A defesa de Diego espera pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar a causa da morte do comerciante. Para a defesa em nenhum momento o motoboy se ausentou da responsabilidade. E ainda disse que o caso deve ser trato pela justiça como uma fatalidade, e que Diego não é um assassino.
“Eu sinto a dor da família, eu consigo imaginar o que a filha dele e a mulher dele tão passando, eu não tive a intenção jamais de causar isso, mas eu respeito a dor deles, eu consigo entender que as pessoas estão motivadas pelo ódio, mas é uma coisa que eu já mais quis fazer.” finalizou Diego.
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